CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

terça-feira, abril 02, 2019

PMAM - HÁ CEM ANOS

Recorte da Folha, acervo
Arquivo Público

 A folha de pagamento da então Força Policial do Amazonas, referente ao mês de dezembro de 1919, nos permite observar os soldos pagos e a relação de parte da oficialidade. Tentarei acrescer algo mais sobre alguns desses pioneiros.


Estão lá:   
Major Alberto Duarte de Mendonça, que deixou o comando dia 18. Trata-se de capitão do Exército, comissionado no posto acima, tendo permanecido na direção da Força exato um mês (17 nov. a 18 dez.) Não há registro sobre o motivo para tão exígua temporada.

Tenente-coronel graduado Octavio Sarmento era o subcomandante e, nessa condição, assumiu o comando interinamente. Filho de Joaquim Sarmento, havia passado pela Escola Militar do Exército, porém, ao desistir da Força Terrestre foi aproveitado na Força Estadual. Literato competente foi um dos fundadores da Academia Amazonense de Letras, em 1918. Sobre sua obra literária, veja A Uiara & outros poemas, de Zemaria Pinto (Manaus, 2007).

Major Fiscal Severino Correa da Silva, quando ainda capitão comandou o Corpo de Bombeiros. Era genitor do tenente Manoel Correa da Silva.
Capitão médico Turiano Chaves Meira, que restou sinalizado na crônica amazonense por ter sido deposto do governo do Estado, em 1924, pela rebelião de Ribeiro Junior.

Recorte da folha
Capitão Auditor Álvaro Botelho Maia, recordado como interventor e governador do Estado no século passado. Todavia, ao regressar ao Amazonas, bacharelado em Direito no Rio de Janeiro, foi acolhido pelo Governo que o nomeou Auditor da Polícia Militar. Como nada havia a realizar na repartição, Maia solicitou a extinção da vaga.

1º tenente Secretário Manoel Correa da Silva, quando tenente-coronel foi comandante da Polícia Militar do Estado entre 1951-53.

2º tenente Ensaiador Manoel Felix do Nascimento, fazia duplo exercício, era comandante de unidade operacional e condutor da Banda de Música.

Major graduado Sergio Rodrigues Pessoa Filho. Graduado em razão do exercício do cargo de major fiscal, na verdade era tenente. Sergio Rodrigues comandou a Força durante o mês de novembro de 1930, quando da Revolução de Vargas, em tempo de muitas desavenças políticas.

Capitão Luiz Carlos Augusto, então à disposição do governador. Esteve em Canudos e faleceu já reformado e cego.


Capitão José Rodrigues Pessoa, então comandante da 3ª companhia. Todavia, quando a Força Estadual foi restabelecida em 1936, este a comandou até 1941 e, interinamente, em 1945.

Sobre o soldo, nada posso argumentar, pois desconheço a conversão dos réis da época.

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