Aumentando e valorizando a ligação aérea
da nossa capital com o Sul do país, a Cruzeiro do Sul inaugurou ontem [15.09.1963] uma nova linha,
utilizando aviões a jato, do tipo Caravelle.
O acontecimento revestiu-se de
importância, dado que propicia progresso para o
nosso Estado, mostrando o interesse daquela progressista empresa nesta região.
Cópia de A Gazeta, 16 setembro 1963 |
O Caravelle
da Cruzeiro do Sul, que inaugurou a nova rota, regressou às primeiras horas de
hoje e tinha a seguinte tripulação: comandantes Araújo e Winter, 1º oficial
Xavier, navegador Viana e comissárias Rita, Dinorah, Aparecida e Paes.
Como passageiros do aparelho vieram, na
qualidade de convidados da Cruzeiro, os senadores amazonenses Edmundo Fernandes
Levy e Vivaldo Lima Filho, os deputados federais Djalma Passos e Manuel Barbuda
e suas respectivas esposas; o sr. Raimundo Figueira, presidente do BCA [Banco
de Crédito da Amazônia, atual BASA], e esposa; além de outros destacados passageiros.
À noite de ontem, no Hotel Amazonas, a Cruzeiro
do Sul fez realizar um coquetel, oportunidade em que homenageou o mais antigo e
a mais nova funcionária de sua filial de Manaus.
As fotos são flagrantes do
acontecimento, vendo-se o senador Vivaldo Lima Filho quando, em nome da
Cruzeiro, entregava um prêmio ao sr. Werner Dieckmann pelos seus 26 anos como
funcionário da empresa, e o deputado Djalma Passos conferindo uma lembrança à
senhorita Nazareth Silva, a mais nova integrante da numerosa família da
Cruzeiro do Sul em nosso Estado.
Anotações próprias sobre a nota supra de A Gazeta, Manaus, 16/09/1963:
1.
A empresa
Cruzeiro do Sul destacou-se em Manaus, com sua agência localizada no cruzamento
da avenida Eduardo Ribeiro com a rua Henrique Martins, cuja edificação em
nossos dias é ocupada por uma loja de roupas.
2.
Esta esquina
acolhia um bom número de transeuntes, de diversas classes sociais, tornando-se
um point conhecido por “Canto do Fuxico”.
3.
A empresa
durou até ser adquirida pela Varig, cujo agente era E. V. d’Oliveira, com a
sede na rua Guilherme Moreira. Recordo ainda que a Cruzeiro manteve uma linha
entre esta cidade e a de Iquitos (Peru), escalando em Tefé e Tabatinga. Quando a
Varig abandonou esta rota, coube a Transbrasil operar.
4.
Pelo visto,
a Cruzeiro teve o privilégio de conectar Manaus com o restante do país pelos Caravelles, ou seja, colocou a cidade na
velocidade dos jatos.
5.
O
deputado federal Djalma Passos era oficial da Polícia Militar do Estado, e
(importante), não sei porque circunstância, tornou-se compadre de meu pai.
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