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sábado, abril 13, 2019

CIGS: NOTA JORNALÍSTICA

O Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), instalado em Manaus, possui uma história edificante. Seu primeiro comandante - então major Jorge Teixeira, o Teixeirão, gravou seu nome na área amazônica, não apenas no campo militar, também no político.

Próximo de completar meio século, o jornal A Crítica (30 abril 1969) publicou a reportagem seguinte, resultado da entrevista com o Teixeirão, que retornava de viagem de estudos aos Estados Unidos. A conclusão daquele momento pode ainda hoje ser repetida: o CIGS é o melhor centro de treinamento na selva do Mundo.

Coronel Jorge Teixeira em foto do citado periódico

CIGS: MELHOR CENTRO DE GUERRA NA SELVA

A instrução ministrada pelo Centro de Instruções de Guerra na Selva, em Manaus, é de alto padrão e pode ser considerado o melhor centro de guerra na selva de todo o mundo. Esta foi a conclusão chegada pelo tenente-coronel Jorge Teixeira de Oliveira, comandante do CIGS, e 1° tenente Adalberto Bueno da Cruz, auxiliar de instrutor, após realizarem uma visita a estados norte-americanos e ao Centro de Treinamento de Guerra na Selva no Panamá, a convite dos Governos daqueles países.Na viagem de vinte dias, os dois militares visitaram várias instalações especializadas em guerra na selva, operações especiais, comandos e paraquedismo, destacando-se a visita ao Centro do Panamá onde são preparados os soldados que vão para o Vietnã em curso de apenas duas semanas.
VISITAS
Os dois oficiais estiveram em “Fort Bening”, na Geórgia, visitaram a Escola de Infantaria, destinada a capitães, encontrando lá três oficiais brasileiros que ocupam o 1º, o 3° e 4º lugares, em índice fora do comum, numa turma composta por cem alunos.
Ainda em "Fort Bening", visitaram o “Departamento dos Rangers” onde são preparados os combatentes para as operações tipo comando, havendo um curso semelhante no Brasil na Brigada Aeroterrestre.Os militares brasileiros finalizaram sua visita ao “Fort” na Escola de Paraquedismo, onde foi realizada uma demonstração para os visitantes.

DEMONSTRAÇÕES
De “Fort Bening”, os dois militares seguiram para a Flórida (Base Aérea de Eglin) observando a instrução dos “ranges”, interessando-se bastante pelas aulas por haver no CIGS uma parte correspondente a este tipo de instrução, ministrada durante uma semana no Lago do Puraquequara.
O tenente-coronel Teixeira e o 1° tenente Bueno seguiram depois para Carolina do Norte visitando “Fort Bragg”, casa das “Forças Especiais” onde são treinados os famosos “Boinas Verdes”. Na oportunidade, o comandante do CIGS fez uma demonstração de saltos de paraquedas de um avião a jato C 141 (sic), de quatro turbinas, sendo o primeiro paraquedista sul-americano a realizar tal proeza.
Em "Fort Bragg" os oficiais do CIGS conheceram o capitão Mota, brasileiro da “Brigada Aeroterrestre”, realizando o curso de Forças Especiais, sendo o primeiro colocado até o momento. Outro brasileiro que encontraram, também colocado em primeiro lugar foi o tenente-coronel Castro Araújo, cursando “Operações Psicológicas”.

RESULTADOSApós suas observações, os dois oficiais do CIGS chegaram a conclusão de que o centro localizado em Manaus pode ser considerado o melhor do mundo, oferecendo melhores resultados do que o Centro do Panamá, face a duração do curso que no CIGS é de seis semanas, o que possibilita melhor aprendizagem, e face à natureza da selva panamenha, menos robusta.Na entrevista que mantiveram com A CRÍTICA, os dois militares não esconderam seu entusiasmo pelo trabalho que vêm desenvolvendo no Centro de Instrução de Guerra na Selva, podendo o CMA orgulhar-se de possuir o melhor centro de guerra na selva.


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