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quinta-feira, abril 04, 2019

PMAM - NOTAS PARA SUA HISTÓRIA

Capa do Relatório

Aproveitando a mais importante efeméride da Policia Militar do Amazonas, que – hoje – completa 182 anos de aplicação, compartilho um documento datado de 1942. Como se sabe, à época o Estado era administrado por Álvaro Maia, na condição de Interventor Federal. Era sua obrigação remeter, anualmente, ao chefe do Poder Federal, Getúlio Vargas, uma exposição relatando a conjuntura do Amazonas.

O folheto foi elaborado pelo DEIP (Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda), que exercia uma espécie de censura.

Abaixo o que foi escrito sobre a Força Policial, então comandada pelo major EB Gentil Barbato, que deixou menções positivas entre a população. Como se verá, era tempo da Segunda Guerra e o quartel da Praça da Polícia ainda não fora totalmente liberado pela Escola Normal. 
Quartel da Praça da Polícia, final dos anos 1930


 FORÇA POLICIAL DO ESTADO
Consoante a promessa do meu relatório passado, já fiz regressar ao seu antigo quartel da praça João Pessoa a Força Policial do Estado, apesar de não se achar ela ainda comodamente alojada ali, em virtude de continuar ocupando parte do edifício o Instituto de Educação.

Quanto ao seu aprovisionamento atual, os gêneros são adquiridos sob concorrência pública, preparando-se as rações pelo sistema administrativo, do que resulta, além de não pequena economia, o controle direto, que liberta a Corporação de dependências estranhas.

É feito pelo pessoal da Força o serviço do corte de lenha, que é o combustível usado nos fogões. Adquire-se a forragem, parte sob concorrência e parte por administração, com reais benefícios para o comércio local, sendo o capim produzido na própria Invernada.

Por circunstâncias decorrentes da situação em que se acha o Brasil, apresenta deficiências o suprimento de fardas às praças da Força, o mesmo acontecendo quanto ao calçado. Providências, porém, foram já determinadas pelo Governo para remediar essas faltas e outras, a que alude o relatório do comandante da Força, tenente-coronel Gentil João Barbato, dedicado e cuidadoso para com tudo que respeita à milícia estadual.

A Interventoria resolveu aproveitar a sugestão apresentada no relatório do comandante, em relação à montagem de uma enfermaria com todo o material que lhe inere e, com ela, a instalação de uma farmácia e de uma sala adequada para pequenas intervenções cirúrgicas.

Em 31 de dezembro do ano findo, o efetivo da Força Policial do Estado se representava por 28 oficiais e 423 praças.




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