CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

domingo, abril 21, 2019

DOMINGO DE PÁSCOA




Desde ontem reboam as aleluias da Ressurreição. Com as primeiras notas festivas do belíssimo cântico triunfal “Exsultet”, ondas de júbilo encheram o recinto sagrado de nossos templos. Com o canto solene do “Gloria”, bimbalharam os bronzes sonoros de nossas igrejas e retiniram longamente as campainhas, numa orquestração maravilhosa que traduziu bem o estremecimento de um túmulo e o despedaçamento de uma laje sepulcral. Era Cristo, o Vencedor da morte, que ressurgia glorioso e triunfante, alagando de luz a sepultura e aparecendo vivo, redivivo, majestoso e imortal, numa culminante fulguração de glória!
O celebrante das sagradas funções, depois dos primeiros epinícios, passada a primeira retumbância de júbilo, entoou pela primeira vez, solenemente, e repetiu por mais duas vezes, o festivo “ALLELUIA”, pomposo estribilho dos regozijos pascais.Aleluia! Aleluia! E se os bronzes das torres e as campainhas dos altares prorromperam em músicas de triunfo, não temos expressões para dizer das sinfonias de nossos corações, sinos que têm vida e emoção, a bimbalhar vitoriosamente nos altos campanários das inteligências e dos espíritos...
A Liturgia Católica tem isso de extraordinário: não recapitula fatos de dois mil anos, renova-os admiravelmente, como se produzidos pela vez primeira! Nós, sacerdotes e cristãos, no desenrolar de tão imponente e sugestivo das cerimônias, sentimos que somos Apóstolos e Discípulos, e que nos dizem respeito todas as cenas da vida, paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo! 
Como sinalizado, trata-se da abertura do artigo do falecido padre Nonato Pinheiro, circulado em A Gazeta (9 abril 1955), alegrando-se com a Páscoa do Senhor. Finaliza com a exortação:
Guardemos estas palavras proféticas de Ezequiel, e saibamos que só os lábios divinos de Jesus as podem proferir, como Senhor da Vida e Triunfador da morte: Eis que eu abrirei os vossos túmulos, e vos farei sair de vossos os sepulcros!... 

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