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Na Mensagem referente ao período de 1943-44, enviada ao Governo Federal, o Interventor amazonense subscreveu o texto abaixo:
FORÇA POLICIAL
DO ESTADO
A Força Policial do Estado acha-se definitivamente instalada na sua própria caserna, o que se verificou somente neste ano com a construção da sede do Instituto de Educação, instalada no antigo quartel, à praça João Pessoa. O coronel Gentil Barbato, em espírito de disciplina e de trabalho, vem dirigindo as obras de readaptação, de acordo com os imperativos militares modernos.Os oficiais e soldados da Força Policial, a começar pelo respectivo comandante, são operários permanentes do Estado. Onde há uma necessidade pública, onde se verifica uma urgência de execução, explicável pela hora que atravessamos, falta de trabalhadores e de materiais, há o auxílio dos componentes da Força Policial.Não apenas nos exercícios de preparação para a defesa do Brasil, onde se fizer necessária, como na manutenção da ordem, na Capital e nos postos do interior, na árdua abertura e escavação das rodovias, na construção de casas para trabalhadores, em carvão e lenha, na estiva para apressar a saída dos navios, no fornecimento de merenda aos escolares nossos soldados têm sido eficientes. O Quartel da Força abriga operários fardados, prontos para qualquer necessidade.
* * *Está em construção, no velho terreno que se destinava anteriormente à instrução de tiro, um stand nos moldes modernos, para o que concorreu a Interventoria, desapropriando pequenas casas contíguas. Estão sendo criadas oficinas para o movimento da corporação, produzindo-se já borzeguins para praças e oficiais, e uniformes.
Observações:
1. É
sabido que a definitiva posse do quartel da Praça da Polícia pelo seu antigo ocupante,
a Polícia Militar do Estado, aconteceu após a construção do Instituto Estadual
do Amazonas, no altiplano da avenida Eduardo Ribeiro. Igualmente se sabe que os
policiais foram os operários, os participantes deste e de outros
empreendimentos do Estado, assegura o Interventor Álvaro Maia.
2. À
época, a Praça da Polícia era intitulada de João Pessoa, em homenagem ao
governante paraibano morto por ocasião da revolução de Vargas (1930). Hoje, a homenagem
cabe ao amazonense Heliodoro Balbi.
3. O
estande de tiro mencionado foi construído na área onde hoje se encontra a EE
Getúlio Vargas, ao final da avenida Castelo Branco, diante de imenso barranco e
ao fundo de um covão com igarapé. Mais tarde perdeu seu espaço para a instalação
do bairro de São Francisco.
4. Ainda
que não revelado, creio que o antigo Piquete que existiu na rua Dr. Machado
(atrás da atual Maternidade Balbina Mestrinho), que já foi quartel da Rádio
Patrulha e de outras Unidades e, em nossos dias, abriga o Comando do Policiamento
da Capital, deveria abrigar as oficinas de sapataria e alfaiataria. Acolá encontrei
esta, passados vinte anos.
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