CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sábado, abril 20, 2019

ANTES DA PONTE DE EDUCANDOS


O local desolado
Cópia do mencionado matutino, vê-se ao alto a torre
da igreja dos Remédios e, ao centro, o prédio ainda
existentes
exposto na foto do matutino A Gazeta, edição de 11 de dezembro de 1963, somente foi modificado cerca de 12 anos depois, com a inauguração da Ponte Padre Antônio Plácido, ou, como é mais conhecida – Ponte de Educandos. Devo registrar, trata-se da última, ou da terceira construída para ligar este bairro ao Centro. As duas anteriores estão sobre o igarapé do Quarenta, uma, edificada no governo de Efigênio Sales (1926-30) e a outra, no primeiro governo de Plínio Coelho (1955-59).

A foto do periódico vinha legendada com o texto abaixo:

O VALE DO ESQUECIMENTO

Afora algumas residências de gabarito nas proximidades, pela [rua] Quintino Bocaiuva, Pedro Botelho e Dr. Almino, o abandono ali é completo. À noite, ouve-se o coaxar dos sapos e das rãs, naquela cantilena tão própria. Quando o rio enche, tudo fica alagado, e as canoas podem penetrar folgadamente até às ribanceiras. A vegetação rasteira é exuberante.
Das casas construídas apenas duas resistem às cheias. Alguns milhões, um muro de arrimo e esgotos mudariam a visão do local. Uma praça, ampla e moderna. Ou quadra de esportes, com o barranco ajudando nas arquibancadas. São sonhos dos moradores das circunvizinhanças.
De olhos abertos, fazendo castelos no ar para o vazio do chão. São os visionários, que veem tudo azul. Mas existem os céticos, prevendo para breve uma invasão de flutuantes, boiando no inverno; encalhados na lama, nas vazantes. Na reforma agrária (ou urbana?) como ficaria o local...

A Ponte em duas tomadas recentes



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