CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quinta-feira, maio 31, 2018

AUGUSTO XIMENO DE VILLEROY

Ximeno de Villeroy
Trata-se do primeiro governador republicano do Amazonas, cujo mandato foi imposto pelo Governo Provisório do marechal Deodoro. Permaneceu onze meses na direção do Estado, apesar da disputa política com os oligarcas provinciais, consolidou algumas iniciativas.
É considerado o fundador do município de Boa Vista, em nossos dias a capital de Roraima. Em sua homenagem, a cidade mantém seu sobrenome em destacada avenida.
Coube a ele destinar o então Palacete da Assembleia à Força Estadual, a qual, em março de 1890 o ocupou e o deixou em 2002. Na atualidade, o Palacete Provincial.

A situação do país me fez resgatar essa anotação, pois me parece bem atualizada. 
É de autoria de Suely Robles (*), que escreveu a respeito deste governador: "O positivista Ximeno de Villeroy encararia o jacobinismo com maior simpatia. Este militar contemporâneo dos acontecimentos do 15 de novembro escreveu nos anos 20 uma biografia sobre Benjamin Constant.(**) Desencantado com a República que ele ajudara a fazer, partilhava com os jacobinos o desdém pelo Legislativo, esse 'trambolho inteiramente inútil e dispendioso', que não passa 'de um quisto enxertado no organismo político; e não tendo função a desempenhar ficou reduzido ao molambo que aí está, exposto ao desprezo público'. Lamentável também que as Forças Armadas fossem obrigadas frequentemente a intervir na política, mas de quem era a culpa? Do 'imoral predomínio dessa casta de politiqueiros profissionais que fez da política a arte de bater moeda..." 
__________
(*) Queiroz, Suely Robles de. Os Radicais da República. Jacobinismo: ideologia e ação - 1893-1897. Rio: Brasiliense, 1986.
(**) Villeroy, A. Ximeno. Benjamin Constant e a política republicana. Rio: s/ed, 1928

quarta-feira, maio 30, 2018

SEMANA NACIONAL DOS MUSEUS

Quartel da Praça da Polícia, hoje
Palacete Provincial

Há três anos, em maio, a direção do Museu Tiradentes, situado no Palacete Provincial, convidou-me para que organizasse uma exposição sobre a Polícia Militar do Amazonas. Aceitei com prazer, tendo escrito o texto abaixo como apresentação da mostra.

EXPOSIÇÃO

MILÍCIA DO AMAZONAS, TEUS SOLDADOS...

A 13ª Semana Nacional dos Museus – cumprida no mês passado, estimulou ao Museu Tiradentes a realizar uma exposição sobre a Polícia Militar do Amazonas (PMAM).  Obsequiada com a preferência, e mais, com o evento no Palacete Provincial, antiga sede de seu comando, esta corporação militar aceitou prazerosamente o brinde. Para concretizá-lo, incumbiu-me de organizar a Exposição, cuja denominação empresta a primeira estrofe de sua canção: Milícia do Amazonas, Teus Soldados.  Esclareço que a oportunidade se mostra bastante propícia, porquanto esta corporação vem se empenhando em reorganizar seu Arquivo Histórico. Com essa meta, uma equipe vem digitalizando o material disponível, empenhando-se com mais afinco na documentação de seu pessoal. Convém advertir que a documentação sob cuidados técnicos data a partir de 1936, quando a PMAM foi reincorporada ao sistema de Segurança do Estado, visto ter sido desativada pelo governo getulista em novembro de 1930.
O material exposto, constituído de fichas individuais da permanência na milícia amazonense, que oferece grande número de informações passível de diversificados estudos. Algumas observações se destacam: a procedência do pessoal, caracteres individuais e a filiação; o nível de escolaridade (bom número de analfabetos); o tempo de serviço prestado; as recompensas obtidas e as punições sofridas; o tipo de fardamento; além de fotografias em bom estado. Enfim, no conjunto, os diversos exemplares de fichas empregadas na instituição de Cândido Mariano.
Cópia deste material em breve será anexada ao Museu Tiradentes, que reconhecidamente necessita de renovação periódica. Esta exposição, estou certo, assinala o começo dessa renovação.
Espero que você aproveite convenientemente este evento.
Roberto Mendonçacoronel reformado da PMAM

domingo, maio 27, 2018

ACIDENTE EM ITACOATIARA

Há pouco mais de cinquenta anos, na manhã de um domingo, aconteceu um grave acidente de trânsito naquela cidade. A quantidade de feridos e a gravidade destes levou o governador do Estado a transportá-los por via aérea para a capital.
Sucintamente: o desastre foi causado por um caminhão da empresa Eccir, que transportava o pessoal na caçamba, como habitual, contra as regras atuais de trânsito. Como o hospital local não assegurava o atendimento, houve o socorro do Estado.
Quantos desses ainda vivem? Que possam relembrar o "pânico e a dor", como estampa A Crítica, edição de 24 de maio de 1965, dia de Nossa Senhora Auxiliadora.


sábado, maio 26, 2018

CONSTANTINÓPOLIS - 1952

O acidente parece ter sido grave, porém, sabe como é, a imprensa faz aquele alarde. Nesse caso, sequer ofereceu o local preciso do desastre causado pelo ônibus Silva, apenas que na Estrada de Constantinópolis. Em nossos dias, bairro de Educandos e, para os "novinhos", a estrada é a avenida Leopoldo Peres. Longa artéria, com subida e descida. A reportagem também não informa se o ônibus dirigia-se ao Centro ou, ao contrário, retornava.


Diário da Tarde, 8 de julho de 1952
Um único detalhe que pode permitir a localização: os nomes dos saudosos proprietários das casas atingidas, uma delas de nº 1248: Mustafá Meristenio e Luiz Gonzaga Bezerra.
A reportagem compartilhei do Diário da Tarde (8 julho 1952). Nesta data, eu morava na rua Inácio Guimarães, onde dez dias depois minha mãe - gravemente enferma - viria a falecer, e o Cine Vitória estava em obras. 

RECUPERAÇÃO DE MENORES

O governador Arthur Reis (1964-67) encontrou um sistema próprio da época, para a correção de menores. Uma edificação para recolher os meninos, intitulada de Melo Matos, e outra para as meninas, com um nome mais simpático, Maria Madalena
De certo modo descuidados, Reis determinou a recuperação física dos mesmos. Porque esses dois nomes promoviam o terror entre os jovens. Falo por mim, pois fui ameaçado. Quando um pai ameaçava mandar o filho pro Melo Matos, era como condená-lo ao inferno. Os idosos de hoje sabem muito bem disso.
O Melo Matos foi sepultado pelo Estádio Vivaldão, porém, a Maria Madalena segue de pé, situada no entroncamento da ruas Comandador Clementino e Silva Ramos com a avenida Tarumã, onde já funcionou a Emamtur, aguardando ocupantes.
Os registros das duas desventuradas casas foram retirados do matutino O Jornal
O Jornal, 15 novembro 1966

Foto retirada de O Jornal, 30 outubro 1966


quinta-feira, maio 24, 2018

24 MAIO: ANIVERSARIANTES



Os aniversariantes de hoje são o amigo Vital de Menezes e a filha Sofia Mendonça. Aquele, coronel aposentado da PMAM, chegando aos setenta, e esta, de tão-somente risonhos oito anos.

Sofia Mendonça em oito instantes

 A filha Sofia completou oito anos, e como exigiu pela data. Afinal, merece ou é sempre motivo para festa. Principiou levando uma lembrança aos colegas do Colégio Santa Doroteia. Depois, foi em casa a exigência dos presentes. Acabamos por atendê-la na loja mais próxima de casa. Enfim, deu tudo certo. Por isso, o casal encontra-se feliz. Beijos, filhota, pela data.


Conheci o coronel Vital, quando ainda Paulo Roberto, no Seminário de Manaus, oriundo de Itacoatiara, junto com outros representantes da Velha Serpa. Fechado o estabelecimento de formação, seguimos caminhos diversos, passando pela Força Terrestre. Resultado: reencontramo-nos na Polícia Militar do Amazonas, ele dedicado ao serviço de Trânsito, sua especialidade. Mais adiante, foi comandar o 2º Batalhão na sua cidade natal, onde permaneceu bons anos.
Desse empenho resultou um movimento o indicando para dirigir a prefeitura local. O anseio, todavia, não surtiu efeito.
Retornando a Manaus foi, após reformado, dirigir a Secretaria de Segurança, onde marcou seu empenho. Nesses dias, cuida da família e dos amigos que conquistou. Parabéns, amigo!

DIA DE NOSSA SENHORA AUXILIADORA

A festa da Mãe de Deus, venerada por Nossa Senhora Auxiliadora teve hoje uma comemoração seleta. Aconteceu no Oratório da Polícia Militar do Amazonas, instalado no quartel do Comando-Geral, em Petrópolis.   
Para entronizar e coroar a imagem da Senhora, que se tornou a padroeira do Oratório, foi celebrada uma missa solene pelo arcebispo de Manaus, dom Sergio Castriani, e co-celebrada com os capelães major Ex José Ricardo e do capitão Ex Cláudio Marcio, ambos da 12ª RM, do 1º tenente Marcio de Miranda, da Marinha do Brasil, e do padre Nelson Pereira da Silva, da PM Amazonas.
Número expressivo de policiais católicos e de irmandades religiosas do bairro prestigiaram a celebração e, para maior brilhantismo, os cânticos foram acompanhados por um grupo da Banda de Música. Ocorreu ainda a coroação da imagem da padroeira desta pequena capela.


Ao final do ato, ouviu-se a palavra do coronel PM David Brandão, comandante-geral, que após cumprimentar as autoridades e celebrantes, encerrou a manifestação católica enaltecendo o empenho da Diretoria de Assistência Social, dirigida pelo coronel Cesar Gomes.

Desse modo, a capelania da PMAM passa a ser denominada de Nossa Senhora Auxiliadora.

terça-feira, maio 22, 2018

SANTA CASA DE MISERICÓRDIA

Muitos olhares já se voltaram para esta saudosa Casa de Saúde. Sem resultado. Dias desses, passando em frente, recolhi mais estes, do grafite colado no tapume.


domingo, maio 20, 2018

NACIONAL FC (2)

Sobre a reportagem compartilhada do Diário da Tarde (26 fevereiro 1965), aqui postada, faço algumas observações para facilitar o entendimento do leitor novo. Afinal, são decorridos 53 anos. Muitas águas já rolaram pelo futebol amazonense, causando o desastre que tristemente vivenciamos.
Na rua Saldanha Marinho, onde hoje se encontram um depósito do Carrefour e a loja Tropical, existiu a sede do Nacional FC, porém, dela não existe qualquer resquício.
O treinador Alfredo Barbosa Filho era oficial da Polícia Militar e, como amigo do governador Plínio Coelho (ambos dirigentes deste clube), chegou ao comando da referida corporação. Nesse mesmo ano, foram cassados pelo Governo Militar.
O Nacional era conhecido pelo “Mais Querido”, visto que possuía a maior torcida amazonense. Os concorrentes eram o Rio Negro e Fast Clube, conhecidos por “Galo Carijó” e “Rolo Compressor”, respectivamente.
Enfim, dos atletas mencionados na foto: estive junto de Gadelha e Holanda frequentando o NPOR. E Maneca, tornou-se professor, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa. Os atletas agachados, ao contrário da legenda, estão postados à partir da direita.
Bom domingo. 

Diário da Tarde, 26 fevereiro 1965

O Nacional tem sido uma escola. Tem dado muitas alegrias à juventude amazonense. Tem proporcionado oportunidades a vários garotos de subúrbio, que desde pequenos buscam o clube para tentar vencer no futebol. Da Saldanha Marinho já saíram autênticos craques. Remember: Orsini, Pratinha, Pedro Brasil, Jaime Costa, Mario China, Gilberto, Coimbra, Ribas, Português e muitos outros.
Jovens que se projetaram posteriormente em diferentes clubes. Dificilmente um rapaz que sai do time juvenil permanece como titular no Nacional. De todos os que citamos, apenas Ribas ainda está na Saldanha Marinho. O que ganhou mais cartaz foi Pratinha, tendo uma oportunidade de jogar no Recife.

DEDICAÇÃO E CARINHO
O Nacional deve muito — podia-se dizer que deve tudo — a Alfredo Barbosa Filho, o homem que nasceu para liderar. Para tratar de times de futebol. Formando-os. Imprimindo senso de conjunto. Quando o “Mais Querido” está sem ninguém como aconteceu em 60, ele teve juvenis para lançar no time de cima.
Da sua dedicação e carinho, sempre à frente da escolinha de futebol, Barbosa Filho tem dado a maior parte de sua existência ao clube. Tem revelado bons jogadores tanto para o Nacional como para outros grêmios manauaras. Porque depois de ter cartaz, geralmente o jogador deixa o “Mais Querido”.

DA SAFRA PARA ESTE ANO
O time de profissionais do Nacional já está com a média de 25 anos. Conta com jogadores que dentro de dois anos abandonarão as chuteiras. E o que vai salvar o clube é a safra do ano passado. De quem disporá o clube? Tem Holanda, Gadelha, Téo, Maneca e Gilberto. Elementos que podem ser aproveitados no time de cima em qualquer oportunidade, pois possuem boas qualidades no trato da bola.

INFLUÊNCIA PSICOLÓGICA
Quem está acostumado a acompanhar as partidas preliminares do Nacional, vê sempre os "cobrinhas" em ação. Produzem muito. Jogam em conjunto. Lutam pelo título todo ano. Todavia, quando são lançados no time de cima, os juvenis nacionalinos atuais, não são muito felizes. O resultado foi no jogo pela “Taça do Amazonas” quando os garotos não conseguiram acertar. Houve, entretanto, a alegação de que não estavam preparados para o prélio, pois caíram na folia na noite anterior.

TIME ATÉ 1970
O Nacional tem jogadores para ser campeão até o ano de 70. Campeão ou vice, pelo menos. Sabendo a direção tratar o material humano que possui o grêmio "mais querido", perseguirá o título todas as vezes. E a torcida aguarda ansiosa o crescimento técnico para as próximas lutas.

GAROTADA É BOA DE QUADRA
O mesmo time de juvenis do Nacional é campeão de futebol de salão de Manaus. Tem artilheiro, goleiro menos vazado e outros requisitos que fizeram os paraenses maravilhados quando da excursão realizada a Belém. O plantel é bom de verdade. Precisa apenas que seja introduzido aos poucos no time de cima de futebol de campo, para que os resultados positivos sejam conseguidos. É questão de tempo.

quinta-feira, maio 17, 2018

PRAÇA NOSSA SENHORA AUXILIADORA


Este logradouro segue cumprindo sua destinação: local de acolhimentos dos jovens estudantes do colégio de mesmo nome, de espaço para os táxis e de movimentação de veículos ou de transeuntes entre a rua Silva Ramos e a avenida Joaquim Nabuco. Discreta, quase anonima na capital, apenas conhecida de seus frequentadores e poucos moradores. Foi inaugurada em 1975, portanto, já possui mais primaveras. 
O registro desse fato recolhi do extinto Diário da Tarde (24 maio 1975). Como o periódico circulava à tarde, a notícia estava atualizadíssima. 

Manhã de hoje, conforme o noticiado, realizou-se solenemente a inauguração da Praça Nossa Senhora Auxiliadora, à rua Silva Ramos, empreendimento da atual administração prefeitural, à frente do Sr. Vinicius Conrado, acontecimento que contou com as presenças do Governador, em exercício, Dr. Ruy Araújo e esposa, tendo esta cortado a fita dando por inaugurado o logradouro público, que vem de embelezar aquele recanto da cidade. No ato inauguratório, usaram da palavra o Dr. Ruy Araújo e o prefeito Vinicius Conrado, tendo o arcebispo [Dom João de Souza Lima] procedido à benção da praça. 
Ainda se fizeram presentes entre outras pessoas gradas, o coronel
[Temistocles] Trigueiro, da Casa Militar do Estado, o capitão Nascimento [Sebastião Vicente do], representando o Corpo de Bombeiros, o aspirante Nascimento [Edmilson da Silva], que representou a Polícia Militar, o Dr. Aderson Dutra, diretor da CEM, o líder do Governo, deputado Homero de Miranda Leão, e funcionários do Executivo Municipal.


quarta-feira, maio 16, 2018

NOVA ACADEMIA: ACLJA

Jornal A Crítica, 12 maio 2018

Na extensa bolsa das agremiações literárias, inscrevem-se o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), a Academia Amazonense de Letras (AAL), a União Brasileira de Escritores (UBE/AM), a Associação dos Escritores do Amazonas (AEA); o Instituto Brasileiro de Antropologia do Amazonas; a Academia Amazonense Maçônica de Letras (AAML); a Academia Amazonense de Medicina (AAM); a Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALCEAR); a Academia Brasileira de Letras/AM (ABL/AM); a Academia de História do Amazonas (AHA); a Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pan-Amazônicos (ABEPPA). Afora os grêmios escolares e os chás esportivos. 

No próximo 25 maio, sexta-feira, ocorre “a posse solene dos membros fundadores da Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas (ACLJA)”. Trata-se da MAIS NOVA das academias e outras entidades afins.  E começa com a força de 50 acadêmicos.

terça-feira, maio 15, 2018

MUSEU DO IGHA

Sede do IGHA, 1988. No terreno abandonado, hoje
encontra-se a Fundação Amazônia

Há 30 anos, o IGHA concebeu um plano objetivo junto aos estudantes secundaristas, a fim de ligar os alunos à atividade de museu. Para isso, organizou o próprio Museu Crisanto Jobim, e batalhou na consecução do projeto. Não obtive mais detalhes, senão os que o jornal Em Tempo (27 abril 1988) divulgou e vai compartilhado. Porém, no início do século, quando da restauração do acervo do Instituto, o Museu foi reimplantado.  
  

O Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, IGHA, está desenvolvendo um projeto, intitulado Projeto Museu-Escola, que terá por objetivo um maior intercâmbio entre o museu e a rede de ensino, particular e privada, da cidade. Geraldo Xavier, um dos coordenadores do projeto e diretor-administrativo do IGHA, disse que o principal objetivo do "Museu-Escola" é fazer com que 0s estudantes conheçam e deem valor ao patrimônio cultural do Amazonas.Ele explicou que o projeto vem desenvolvendo-se já há anos e de uma maneira que ver estimulando os seus idealizados: "Em 1986, fizemos uma experiência, durante o ano inteiro, com os alunos do Colégio Dom Bosco, do Instituto de Educação do Amazonas e do Colégio Amazonense D. Pedro II. A experiência foi basicamente de visitas ao museu do IGHA, à biblioteca do Instituto e, também, a apresentação de slides. Estes se constituem em três temas A Pré-História do Homem da Amazônia, A Origem do Universo e Patrimônio Histórico do Amazonas, ficando a critério do professor acompanhante o tema a ser mostrado aos alunos”, contou.
Geraldo ressaltou que o projeto é uma exclusividade do IGHA que, por enquanto, não envolve outros museus. Ele envolverá alunos do 1° e 2º graus de todas as escolas de Manaus.
 VISITAÇÕES INTENSIVAS
 Para atender a toda a leva de estudantes que aderir ao projeto, o Instituto Geográfico e Histórico funcionará às segundas, quartas e sextas, de manhã e à tarde, com uma breve pausa acompanhando o horário das escolas. Já a museóloga Jane Cony Cruz explicou que o projeto é principalmente audiovisual. Ela informa que os textos dos slides, produzidos por Walter Rocha e ela, são de alta qualidade e que, realmente, acrescentarão muito aos alunos que participarem do projeto, principalmente no que diz respeito às pesquisas históricas sobre a Amazônia. Para ela, a simples audiência a um dos slides já traz consig0 uma série de informações, que são de fundamental importância para quem deseja ter conhecimentos da vida do homem na Amazônia, sobre a origem da espécie humana, segundo uma ótica  evolucionista. “O meu medo é de que algumas igrejas protestantes, que possuam escolas, se interessem pela projeção dos slides, por adotarem a teoria criacionista, mesmo por uma questão de fé, como ficou claro algumas vezes em que alunos dessas escolas não se interessaram pelo assunto, ao visitarem o Instituto, na época em que estávamos em experiência”, desabafou Jane.
Ela ressaltou a importância d0 projeto no sentido de ampliar o conheciment0 de professores e alunos, inclusive com a praticidade de poder examinar as peças do acervo do IGHA. Para ela, o projeto serve também como uma forma de trazer as crianças para o museu, além de mostrar a elas (às crianças) como se dá o levantamento arqueológico do Instituto.
No colégio D. Bosco, o atual diretor da instituição, João Di Serio, disse lamentar não poder comentar a experiência de 1986 (quando alunos do colégio participaram das visitas iniciais do projeto), pois assumiu a direção já em 1987. “Naquele ano, o diretor era padre Oscar Di Goya, que agora se encontra trabalhando em Porto Velho”, disse ele. No entanto, foi positivo encontrar dois alunos que lá estiveram: Ney Cardoso e Paulo Cunha, dois rapazes que estão cursando a oitava série. Ney disse que a grande importância do projeto está no fato de possibilitar adquirir conhecimentos importantes sobre a Amazônia. “Na época, eu nunca tinha ido a um museu. A partir daí, fui várias vezes e até passei a colecionar moedas”, segredou.
Já para Paulo Cunha é importante porque desenvolve bastante o conhecimento dos alunos que vão às visitas. “O aprendizado fica mais atraente, deveria ser mais difundido para que mais pessoas possam ir; vou sempre a museu depois da experiência”.

sábado, maio 12, 2018

ANÚNCIO BANCÁRIO

Sacado de A Crítica, maio 1965
Ao tempo desse anúncio, o número de agências bancárias no País e, obviamente, em Manaus era enorme. Aqui, a cada esquina do Centro Histórico podia-se encontrar um Banco diferente. Em nossos dias, estamos restritos à meia dúzia de Bancos, contados os estatais. 
Recolhido do jornal A Crítica (maio 1965) sabe-se da chegada do Banco Nacional do Norte (BNN), que se estabeleceu na av. Sete de Setembro, nas imediações da Matriz da padroeira. 


Para nós, nova paisagem se descortina no exuberante cenário da Amazônia: pequenas, médias e grandes industrias surgem a cada novo dia... as infinitas pastagens se cobrem de gado... no rio-mar e seus afluentes há um ininterrupto vai e vem de frotas transportando riquezas... a fauna e a flora se transformam em ouro do potencial econômico da Região. É assim que vermos e sentimos o Amazonas! Menos de uma profecia de um sábio famoso, mais uma realidade consagradora do grande “celeiro do mundo”. É uma crença. Crença que nos identifica com os que aqui nasceram e com os que chegaram de outras terras, para trabalhar e produzir. Às indústrias que já existem e as que estão nascendo; ao comércio que se diversifica; aos agricultores e pecuaristas; a todos, enfim, que nos campos e nas cidades fazem o progresso amazonense, estendemos as nossas mãos. Chegamos para transmitir nosso apoio e juntar nossa fé ao Estado que se identifica com o futuro do Brasil. Habituados a falar a mesma linguagem dos seus habitantes, partilhamos dos mesmos sentimentos da gente da terra onde nos incorporamos. Aqui, coma em tantas outras regiões, somos – em tudo e por tudo – um compreensível e cordial AMIGO NA PRAÇA.
 BANCO NACIONAL DO NORTE
— um amigo na praça MANAUS - Rua 7 de Setembro, 721

quinta-feira, maio 10, 2018

CORONEL NARDI DE SOUZA


Coronel Jorge Nardi, em Jornal do
Commercio
, 20 nov. 1971
Quando ingressei na Polícia Militar do Amazonas em 1966, deparei com uma robusta admiração pelo comandante anterior: major EB José Jorge Nardi de Souza (1964-65). Posteriormente, já tenente-coronel, Nardi assumiu a Secretaria de Segurança Pública, no governo de João Walter de Andrade (1971-75).
Em nossos dias, ele retorna à memória da cidade, em vista de seu filho – general-de-exército César Augusto Nardi de Souza – ter assumido o Comando Militar da Amazônia (CMA).
Convém registrar que o ex-comandante da PMAM foi contemplado com o título de Cidadão de Manaus, por iniciativa do então vereador Damião Ribeiro (membro inativo da Força Terrestre). A entrega da comenda aconteceu no segundo semestre de 1975, e o discurso do agraciado, transcrito abaixo, foi compartilhado do Jornal Cultura, órgão da Fundação Cultura do Amazonas.
  


NA POSSE DO TÍTULO DE CIDADÃO DE MANAUS

Jorge Nardi de Souza

A Providência Divina que um dia me colocou em terras amazônicas é a mesma que, neste instante, me traz diante dos Senhores. Ao Deus Todo Poderoso então, meus agradecimentos por esta dádiva do céu, aqui no mundo terreno aplicada pelo julgamento magnânimo desta Colenda Câmara de representantes do povo, neste longínquo setentrião Brasileiro, onde tudo é imenso, por certo, imensa também é a generosidade de V. Exas. ao me conferirem o Título de Cidadão de Manaus, proposto pelo Exmo. Sr. Deputado Estadual Damião Alves Ribeiro, quando vereador desta Casa, e que teve ainda a extrema gentileza de saudar-me com palavras que buscaram dar realce a minha pessoa.
Há instantes na vida em que nos consideramos pequenos, menores do que realmente somos. A modéstia e a humildade de uma existência imprimem em nós um estado de tensão quando o inusitado, o realce e a honraria nos destacam. Não sabemos se isso é devido às reações biológicas de nossa organização física ou a nossa reduzida escala de méritos. A emoção nos domina.
Contudo, somente permanece lúcido e firme o ideal de bem servir à causa pública, sem alarde, dentro dos ideais da Revolução Redentora e Democrática de 31 de março de 64, mesmo com prejuízos de valiosos interesses pessoais. Tenho sempre por tradição atávica uma atração pelo Amazonas. Minha terra natal foi fundada por um bandeirante e bandeirantes continuaram os moradores de Sorocaba que alargaram as fronteiras pátrias muito além do que, previa o Tratado das Tordesilhas.
Em singular analogia Manaus traz em sua história e sua tradição essa marca de lutas. Foi um dos baluartes do Norte, em torno do qual se definiram nossas fronteiras setentrionais.
Hodiernamente essa similitude continua: No campo Industrial as duas metrópoles se identificam em seu progresso e em sua pujança. Sorocaba, ainda bem pouco tempo, desenvolvia quase que exclusivamente uma atividade têxtil, sendo mesmo chamada de Manchester Paulista.
De uns cinco ou seis anos para cá o seu parque industrial tem-se diversificado e hoje cerca de mais de meia centena de indústrias das mais representativas para o desenvolvimento e a economia nacionais e para o mercado do trabalho estão lá se instalando para iniciarem a curto prazo as suas produções específicas. Isto tem acarretado problemas para o ajuste da sua infraestrutura em face de um aumento populacional acelerado que permitirá, segundo as previsões, dobrar o número de habitantes em pouco tempo, e modificações em toda a conjuntura social tradicional em face de problemas próprios de uma cidade em franco e acelerado progresso. Manaus, por sua vez, registra nos últimos anos, após a implantação da Zona Franca, um extraordinário e progressivo desenvolvimento nas suas áreas comercial, industrial e agropecuário, bem como um aumento sensível e contínuo da sua população face as novas e diversificadas oportunidades para o seu mercado de trabalho.
Aqui, também a tranquilidade tradicional da população tem sido atingida, face as injunções próprias das crescentes integrações social decorrentes do seu desenvolvimento.Manaus, minha terra de adoção;Manaus, prodígio de uma sobrevivência isolada no meio da maior selva tropical do mundo;
Manaus, dileta herdeira da Comarca de São José do Rio Negro; Manaus, do abraço das águas;
Manaus, dos Remédios, da rua Frei José dos Inocentes;
Manaus, dos regatões e da Zona Franca.
 Diz o poeta:
“MOSTRA-ME TUA CIDADE E DIREI O CARÁTER DE TEU POVO”. Volto a te reverenciar, Manaus do vendedor de Jaraqui.
Manaus, regurgitante de progresso, de trabalho, de patriotismo e de ideais.Berço de gente patriótica e estoica;Terra adorada e de alma generosa, tão generosa a ponto de outorgar um título tão elevado a um cidadão tão simples e de singelos méritos.
 Profundamente agradecido declaro de público que acolho emocionado esta honraria. De pé, na posição de “Sentido”, cheio de orgulho patriótico, recebo o título de Cidadão de Manaus. Muito obrigado aos que confiaram em mim, que me creditaram essa dignidade, que jamais deslustrarei. Ela me acompanhará sempre neste caminhar humano pela estrada do finito e do infinito.
Como a alma é imortal, o ato de hoje passa para a imortalidade de meu reconhecimento.
Tantas e tão brilhantes figuras receberam esse título; acredito, porém, que mais emocionado e mais reconhecido do que eu. Permitam-me, contudo, meus Senhores e minhas Senhoras, redobrar minha felicidade, dividindo as honrarias. Desejo compartilhar com todos aqueles que comigo labutaram, heróis anônimos dos verdadeiros méritos.
Desejo reverenciar neste momento a memória de minha mãe extremosa e referir-me ao meu já velho e doente pai, homem dos mais dignos, que de longe, lá de Sorocaba (SP), está vos agradecendo o destaque que destes ao seu filho.
 Ao Exército que desde 1957, quando Comandante da 6ª Companhia de Fronteira, em Guajará-Mirim (RO), me proporcionou a honra de conhecer grande parte desta imensa área, imprimindo em minha alma uma formação moral e intelectual adequando-me a receber esse imenso galardão, num amplexo que transcende a mais profunda expressão de amor.
Na figura de minha esposa, a minha homenagem às mães manauaras, na excelsa missão de iluminar com amor a estrada da vida da família.
A todas as esposas, mães e filhas sem distinção minha homenagem respeitosa e o meu mais profundo agradecimento. A meus filhos adorados, transfiro em honroso testamento público, a herança incomparável desta riqueza que acabo de receber.Aos meus conterrâneos de Sorocaba, que me inspiraram em todas as jornadas de lutas, estendo as glórias deste instante, abraçando-os comovido.
Aos meus amigos, patrícios e concidadãos manauaras, o meu abraço fraterno e a certeza de minha estima perene.
Finalmente, agradeço a Deus ter-me fortalecido nesta hora solene, rogando-Lhe que receba a prece que Lhe dirijo:
 Obrigado, Senhor!
Muito obrigado!

segunda-feira, maio 07, 2018

PMAM: LEMBRETES PARA SUA HISTÓRIA



Coronel reformado
Raimundo Gutemberg
Rubilar dos Santos foi um jornalista-fotógrafo de A Crítica, por longo período. Sua amizade com militares, em particular com os da Polícia Militar do Estado, permitiu-lhe assinar uma coluna sobre esta classe. Circulava na edição dominical do jornal do Calderaro.
Compartilho a do dia 11 de maio de 1975 - Dia das Mães, que noticia essas comemorações.

Sobre o Colégio Tiradentes, hoje Escola Estadual, duas palavras: 1) o colégio foi construído e tomou este patronato para atender ao pessoal da PMAM, que já havia ocupado o bairro de Petrópolis, com os quarteis da PM e dos Bombeiros. 2) Seu dirigente era o então tenente Raimundo Gutemberg Soares, que também era professor da rede estadual. Gutemberg alcançou o posto de coronel e, como tal, foi comandante-geral da corporação.
A iniciativa, todavia, não deu certo. Assim, o colégio passou à direção da Secretaria competente e continua no mesmo local, atendendo a comunidade petropolitana. Somente dez anos depois surgiu nas adjacências o Colégio Militar da Polícia Militar.

POSSE  

O Coronel [Mário] Ossuosky, comandante da PM, acompanhado de seu chefe do Estado-Maior e oficiais superiores, estiveram presente à posse do novo Secretário de Segurança, Coronel [José Jorge] Nardi, no dia 7 p/p. A Polícia Militar e Civil unidas estarão a combater o grande índice de marginalidade que cresce em Manaus, visando oferecer ao povo amazonense a paz e segurança necessária. 

COMEMORAÇÃO
O Colégio Tiradentes da PM, comemorou no dia 9 p/p, o Dia das Mães, através de seus alunos, homenageando as Mães de toda a comunidade do bairro de Petrópolis, com uma festa que constou de atividades educacionais e distribuição de refrigerantes. À frente das atividades esteve o Tenente Gutemberg, diretor daquele colégio. 

SOCIAIS
O Clube dos Sargentos da PM fará realizar hoje uma programação em sua sede social, a partir das 17 horas, para homenagear a “rainha do lar”. 

ESPORTES
Em partida de futebol realizada no último dia 6, a equipe dos oficiais superiores e capitães golearam impiedosamente a dos tenentes por 4x2. O destaque da partida foi o capitão Medeiros que craneou (sic) todos os gols.


SEJA MAIS UM EM DEFESA DA COLETIVIDADE,
INGRESSE NA POLÍCIA MILITAR: SEGURANÇA E TRABALHO EM PROL DE NOSSO ESTADO.
FAÇA PARTE DELA.
Atualizado em 9 maio 2018

domingo, maio 06, 2018

BAIRRO DE SÃO GERALDO

Escola do Preciosíssimo Sangue,
marca do bairro

Este bairro sempre teve uma estrutura desigual, estranha, situado entre o asfalto da avenida e o covão do igarapé. A avenida Djalma Batista, obra do prefeito Jorge Teixeira, concretizou essa separação. 
O texto da reportagem do jornal Amazonas Em Tempo (22 abril 1988), aqui compartilhado, divulga detalhes importantes sobre a história do bairro.

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Em 1948, a madre americana Julitta fundou, em Manaus, o convento das Irmãs Adoradoras do Sangue de Jesus, através de recursos vindos dos Estados Unidos. Em função da necessidade de educar as jovens que faziam o noviciado, foi instalado o Ginásio Preciosíssimo Sangue, em 1953. Este é um dos fatos marcantes da história do bairro de São Geraldo, que se tornou altamente populoso, carente em vários aspectos, apesar de localizar-se em uma área central da cidade e que sofreu uma significativa influência evangélica.
Ele chegou a ser chamado de bairro do Bilhar — em função do grande número de casas do ramo existentes naquele período — e até integrar o bairro de Nossa Senhora das Graças. Com a criação da igreja de São Geraldo, erguida pelo padre redentorista Bernardo em 1948, o bairro passou a denominar-se São Geraldo.
Composto, em torno de 60 por cento, por uma classe média, — os 40 restantes compõem uma classe baixa extremamente carente —, o bairro de São Geraldo é deficiente como os demais. Apesar de não se constituir num bairro “violento ou perigoso”, ele necessita urgentemente, segundo os moradores, de um box policial e, principalmente, de um posto de assistência médica.
Escolas é o que não falta. O que falta, em termos de educação, na opinião da Irmã Rosário — tem um extenso trabalho de educação infantil no bairro —, é “vergonha na cara” dos dirigentes das escolas que não oferecem um mínimo de estrutura para os alunos.
A urbanização, como um todo, é carente. O bairro acaba se dividindo: na parte de cima, fronteiriça com a avenida Djalma Batista as ruas são mais ou menos urbanizadas, habitadas pela classe média; na parte de baixo, que faz fronteira com o igarapé da Cachoeira Grande (mais conhecido como igarapé do São Raimundo), existe uma rede de esgoto altamente precária que deságua no igarapé e é habitada por uma população carente que não dispõe de escola, de alimentação e de emprego.
O “barrismo” (sic) evocado por alguns moradores, acabou provocando divergências em uma única comunidade. Para tentar integrar esse grupo, os moradores formaram a Associação dos Moradores das ruas Santo Afonso e Pico das Aguas, que, por outro lado, sentiam-se isolados do bairro de São Geraldo. Através da Associação a comunidade passou a ser beneficiada com o Programa Nacional do Leite, que somado com os 100 litros recebidos pela Associação Comunitária Maria Mattias, dirigida pela Irmã Rosário, proporcionou uma alimentação razoável às crianças da área.
Da parte de baixo — composta em grande parte por moradores da rua Santo Afonso e Pico das Aguas, as reivindicações referem-se à construção de uma área arborizada, de uma rede de esgotos, um posto médico e um box policial.
Nirley Cordeiro e Nairdi Nascimento, presidente e vice-presidente da Associação dos Moradores das duas ruas, afirmam que enfrentaram dificuldades em colocar em prática as necessidades do bairro, em função da falta de apoio da própria comunidade e dos órgãos municipais. “Nós estamos meio abandonados aqui. A manutenção do Centro Comunitário, a limpeza das ruas, somos nós que mantemos. Está assumindo, a partir desta semana, uma nova gestão na diretoria. Vamos esperar que melhore”, ressaltou Carlos Jorge Fausto, da diretoria. Praticamente, essa “baixada” é composta por uma grande favela. Pequenas casas de madeira construídas à beira do igarapé, que termina servindo de parque para as crianças.
Seringal Mirim, foto da
reportagem, hoje extinto.
A grande vontade dos moradores da parte de cima, a mais urbanizada, é a de transformar a área conhecida como “Seringal Mirim”, em uma praça, uma área verde, ou até numa escola “uma coisa mais útil” na opinião de Fátima Guedes, 33 anos. (...)

Um fato interessante no bairro de São Geraldo é a consciência política dos moradores. Como sempre existem várias vertentes: as “Ribeiristas” e as “Tomezistas Mestrinho”, entre outras. Segundo alguns moradores, a direção que vai assumir a Associação é apoiada pelo deputado Tomé Mestrinho, enquanto que a ex-diretoria estava aliada ao prefeito Manoel Ribeiro.