CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quarta-feira, julho 09, 2025

PLÍNIO RAMOS COELHO (1920-2001)

O governador Plínio Coelho (1920-2001) cumpria o segundo mandato no Palácio Rio Negro, quando o Governo Militar (1964-1985) cassou seu mandato. Era início de março de 64, portanto, a mudança de regime estava em processamento. Plínio era conhecido como atirador de elite. A participação dele nesse certame ocorreu por este detalhe, não por se tratar do mandatário do Estado. A Gazeta (09 março 1964), apesar de mencionar outra foto, falhou.

Recorte de A Gazeta, 9 março 1964

 O governador Plinio Coelho foi a principal atração das provas de tiro ao alvo realizadas na manhã de ontem, no “stand” do 27 Batalhão de Caçadores, sob o patrocínio do Balalaika Clube, que na oportunidade cumpria mais um ano de fundação.

Ao lado do Chefe do Executivo amazonense (visto na gravura à direita em um momento de grande sensação da competição) alinharam-se outros grandes nomes do esporte de tiro ao alvo em Manaus.

No outro clichê, aparecem os vencedores das provas: Adelson Veras, Tenente Cavalcante, Helena Marques Jezzini e Francisco Santana. O governador ficou entusiasmado com a organização do torneio, havendo prometido dar integral apoio à realização dos vindouros, dos quais o mais próximo ocorrerá a 21 de abril, em homenagem a Tiradentes. A presença do titular do Palácio Rio Negro na competição foi recebida com aplausos.

segunda-feira, julho 07, 2025

PALÁCIO DO RÁDIO - MANAUS

 Até a metade do século passado, as moradias no centro de Manaus utilizavam casas, com uma só exceção, o IAPETEC (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Empregados em Transportes de Cargas). O prédio, inaugurado em 1953, exibiu o primeiro elevador da cidade, porém, possuía uso misto, com salas comerciais e pequenos apartamentos, além da sede do próprio instituto. Somente dez anos depois, em 1964, surgiu um prédio de mesma altura do mencionado, com uma característica: exclusivamente de apartamentos. Trata-se do Palácio do Rádio, construído na avenida Getúlio Vargas, que ainda hoje pode ser observado; veja a foto que ilustra a postagem.



Recorte de A Gazeta, 10 jan 1964

A foto e a legenda sobre a inauguração do Palácio compartilhei de A Gazeta (10 janeiro 1964). 
 
Placa indicativa no prédio


UM EDIFÍCIO À ALTURA DO PROGRESSO DA CIDADE --

A fachada do edifício é, sem dúvida, uma das mais lindas que a cidade conhece. Executada em painel de madeira de lei envernizada, empresta beleza e graça ao conjunto. Fica na mais larga avenida da cidade — a Getúlio Vargas —, com vinte apartamentos, todos de frente para o nascente, cada um deles com sala-de-estar, três dormitórios, varanda, banheiro social, “hall”, copa e cozinha, quarto de empregada, banheiro de empregada e área de serviço.

Tem o privilégio de ficar próximo aos Grupos Escolares “Barão do Rio Branco” e “Saldanha Marinho”, ao Colégio Estadual do Amazonas, do Instituto Santa Dorotéia, do Ginásio Brasileiro, do hospital da Beneficente, do posto de serviço de automóveis “Nosso Posto”, do Teatro Amazonas, da igreja de São Sebastião e dos cinemas “Politeama” e “Guarani”.

Elevadores, social e de serviço, já instalados. Tem incinerador de lixo, para-raios, tomadas de telefone, rádio e TV, com válvulas de segurança, serviço preventivo contra incêndio e ainda duas caixas d’água. No térreo existem duas lojas.

Foto deste dia, obstruída pelas árvores


domingo, julho 06, 2025

POEMA PARA O DOMINGO

 

De novo, não encontrei dados sobre o autor desse poema – Osório Honda. Sigo buscando. Tudo quanto posso informar é que a peça foi escrita em 1956, mas, somente publicada em O Jornal, de 30 de maio de 1965. Acaba de festejar os sessentanos!




sábado, julho 05, 2025

BOCA DO IMBOCA - 1965

 

Raro há de análogo entre as duas fotos, que foram tomadas em idêntico ângulo, porém, defasadas em 60 anos. Hoje, restam tão-somente os resquícios da usina de óleos naturais, cujo prédio abriga a Creche Municipal “Madalena Arce Daou”, uma homenagem póstuma à esposa de Phillipe Daou, falecido fundador da TV Amazonas. No mais, carro, postes de energia e as casas da Boca e as “bocadas” deram lugar ao asfalto, ao lixo orgânico e humano debaixo da ponte e outras degradações.

Fotos em cores desta data


Publicação do Jornal do Commercio, de 19 setembro 1965

A “Boca do Imboca” abria a rua São João que, adiante, ao topar o Grupo Escolar Leopoldo Neves, se inclinava para a direita e tomava o nome deste ex-governador, adiante, em nova curva à direita e tendo como referência o clube Guanabara, mudava para rua Branco Silva, até seu término na av. Presidente Kennedy.

Ao professor Aguinaldo Figueredo, nascido e criado no pedaço, de quem solicito suprimento sobre a “Boca”. 

Boca do Imboca 

Na administração Vinícius Conrado não há bairros privilegiados. Entendendo que foi eleito para governar a capital do Estado, o chefe comunal não limita sua atividade a tal ou qual área, e abre frentes de trabalho sempre onde há necessidade. É este o princípio que adota, e em consequência, toda Manaus é beneficiada igualmente. Seja no cumprimento da simples, mas importante Operação “Tapa Buraco”, seja no calcetamento de ruas nunca antes olhadas, vai assim o prefeito Vinícius Conrado deixando seu nome ligado ao processo de embelezamento e urbanização da capital, sendo o aspecto fixado pelo clichê um exemplo: trata-se da entrada do bairro de Santa Luzia, que agora está sendo calcetada inteiramente.