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sábado, janeiro 11, 2020

CARTA AO DESEMBARGADOR


O desembargador Neuzimar Pinheiro (foto) estava assumindo a presidência do Tribunal de Justiça do Estado, naquele princípio de julho de 1996, quando eu estava saindo (aposentado) da PMAM (Polícia Militar do Amazonas). Fomos colegas no Seminário São José, de Manaus, ele alguns degraus adiante. Restou-nos a amizade e, de minha parte, a admiração por conhecer sua luta a fim de conquistar o pódio.
Na ocasião de sua posse, absorvido por esse entusiasmo, enderecei-lhe a carta que hoje transcrevo, depois que ele me permitiu rever o original.


Manaus, 2 de julho de 1996
Desembargador Manuel Neuzimar Pinheiro 
DD Presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas 
Nesta


A sua posse, eminente desembargador Neuzimar Pinheiro, revitaliza a Justiça Estadual que, como toda a entidade nacional, sofre os revezes das críticas desclassificadas. Como creio na Justiça, da mesma forma como creio no amigo, estou felicíssimo. Feliz pelo Seminário São José que nos ensinou as tetras e nos solidificou o caráter. Nos incrustou a crença no Cristo que, pleno de poderes, humildemente ensinou aos homens a Verdade. Enfim, no Direito, capaz de iluminar os mesmos homens pelo caminho da Paz.

Esta é, pois, caro desembargador, sua grave responsabilidade hoje mais do que nunca: distribuir a Justiça, em prol do bem-estar social.

Eminente desembargador, antigo colega naquela Casa de Ensino e de formação de homens, receba a continência do velho soldado do Estado. Com ela segue o meu respeito e a minha solidariedade, esperando contribuir para o enfrentamento ao desafio assumido. Seja feliz em seu labor judicante e saiba, com modéstia, mas com denodo, partilhar "aos que tem fome e sede de Justiça". Com o amplo conhecimento do Direito que lhe é próprio, com seu obstinado desempenho profissional e, acima de tudo, com a altivez do jovem interiorano que ascendeu à Suprema Corte Estadual.

Que o Deus do nosso Seminário São José, e de todos nós, sem distinção, lhe seja o Guia altaneiro, conduzindo-o pelos campos inestimáveis do Bem.
Com o respeito do velho colega, hoje seu ardoroso admirador.

Manoel Roberto (Malafaya) Mendonça (*)coronel da Polícia Militar do Amazonas

(*) Malafaya, sobrenome de meu pai, era a forma carinhosa com que desembargador me distinguia.

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