Morador
do Morro da Liberdade, na primeira metade da década de 1960, circulei bastante por
uma ponte de madeira que ligava este bairro, passando pelo Cajual, ao de Santa
Luzia e, consequentemente, à avenida Sete de Setembro. Era precaríssima.
Adiante,
a ponte foi melhorada, certamente por indicação do vereador Evandro Carreira,
daí o nome que lhe atribuíram. Em 1970 estava aos pandarecos, ao menos é o que
se deduz da publicação de A Notícia, que reclamava total recuperação.
Para mais estimular o reparo, o matutino teceu violentas observações, finalizando
por indicar que o cruzamento servia como local de uso de drogas, daí o epiteto infundido:
Ponte da Maconha.
Atualmente,
é muito difícil sinalizar a posição dessa sumida ponte, pois a urbanização do espaço
com a construção do Prosamim, permite aos mais idosos apenas que digam que a
travessia nos levava à lateral do então Grupo Escolar Leopoldo Neves, ainda
existente, promovido a Escola Estadual.
A ponte da maconha
A ponte “Evandro Carreira”, que liga Santa Luzia ao Morro da Liberdade (foto) balança, mas não cai. Desengonçada, rota, velha e treme-treme, ela está por um fio. Os moradores atravessam-na, mas com um enorme pavor de um desabamento total, que pode acontecer a qualquer instante. Como, entretanto, o público tem justo receio de experimentá-la a todo momento, o passadiço transformou-se em autêntica passarela de maconheiros, beberrões, marginais, homens e mulheres da pior espécie, que ali vivem vagabundando e atormentando mais ainda a vida daqueles dois bairros. O apelo é endereçado à Prefeitura, para consertá-la, como tem feito a tantas outras, e à Polícia para salvaguardar a integridade moral de quantos utilizam a caraquenta ponte “Evandro Carreira”.
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