Anisio Mello em Eirunepé (AM) |
Remexendo papeis arquivados, nesta manhã, deparei com uma pasta contendo alguma produção de Anísio Mello, o multiartista que morreu há dez anos (abril 2010). Essa busca se deveu à minha preocupação em rememorar de algum modo sua partida, de volta à floresta, como deixou registrado em texto, que deve ser inscrito na lápide de sua sepultura.
Para tanto, o exemplar segue abaixo, assim como dois empoeirados haikais,
que sirvam para alegrar nosso último domingo de janeiro.
Quando
eu for, procurem-me no azul, além do azul,
atrás
do verde da floresta. Nasci no paraíso, aqui mesmo.
é
uma incongruência
eles
nunca serão estrelas.
Emendei o dia com a noite
numa costura onde a linha do Equador
contava estrelas como lantejoulas...
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