Estava instalado nos “fundos” do Paço Municipal, com entrada pela av. Sete de Setembro. Para atender à nova geração e àqueles que se orientam pelo ponto de referência: a antiga sede da prefeitura na praça Dom Pedro II; os bombeiros atendiam na garagem, onde muito depois ergueu-se a Manaustur, edifício achinesado pelo diretor Orlando Câmara.
Hoje, a sede “não mais existe”.
O ex-paço municipal ainda em reforma (acima) e a extinta sede da Manaustur, local onde esteve o quartel dos Bombeiros Municipais |
Na abertura do ano, os Bombeiros revelavam uma perda
considerável do efetivo. E, justamente do pessoal básico, pois restavam apenas 12
soldados de, no geral, 24 homens. A população de Manaus girava em torno de 200
mil. O País envolvido pelas disputas politicas, que resultaram no Golpe Militar
de 1964.
As medidas administrativas tomadas já aprimoravam a
organização dos “homens do fogo”. A renovação tem marca inicial: a eleição do
prefeito de Manaus, em 7 de janeiro. Apoiado pelo governador Gilberto Mestrinho
(1959-63), foi eleito Josué Cláudio de Souza. Este catarinense, que aqui desembarcara
contratado pelos Diários Associados, agora era proprietário da Rádio Difusora e,
possuidor da palavra fácil e repleta de entonação, marcara o meio-dia da Cidade
com a Crônica do Dia. Também por esses atributos, realçara sua imagem de
político vitorioso. Josué Cláudio substituiu a Loris Cordovil na PMM, em 23 de
fevereiro.
Os Bombeiros continuavam alojados nos fundos do Paço da
Liberdade. O prefeito empossado empenhou-se em melhorar o aquartelamento, mas
eram tantos embaraços que, melhor fora aguardar. O “novo” aquartelamento somente
foi ocupado no início de 1963, sem data esclarecida.
O ex-comandante Nicanor Silva lembra que permaneceu no Rio
de Janeiro até setembro de 1962, efetuando curso profissional. Ao regressar, no
final do ano, ainda alcançou os companheiros aquartelados nos fundos da Prefeitura.
Outro relato, de abril de 1963, comprova a presença dos Bombeiros no quartel do
Canto do Quintela (ver O Jornal, 9 de
abril, relatando o acidente com o ônibus Iracema).
Sem grandes novidades, ao final de 1962, a Câmara
Municipal promulga a Lei nº 746, de 27 de
novembro, que estabelece a
obrigatoriedade de inscrição dos componentes da Companhia de Bombeiros
Municipais no Montepio dos Servidores do Município de Manaus.
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