Capacetes usados no Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas |
Para
ilustrar essa questão tão alarmante, exponho quatro dados: 1) o Brasil possui
5.564 municípios, “cerca de 4.900 não possuem unidades do Corpo de Bombeiros
Militar”; 2) o estado de Minas Gerais, o mais dotado de municípios, repartido em
843 destes, “apenas 44 possuem quartel
do Corpo de Bombeiros”; 3) na Bahia, “os bombeiros estão presentes em somente
13 de seus 417 municípios”; e 4) o maior estado da Federação, o Amazonas,
possui um número reduzidíssimo de municípios, solamente 61 e, destes, apenas
5 (Itacoatiara, Parintins, Manacapuru, Tefé e Tabatinga, os dois últimos em
função do aeroporto) cobertos pelo serviço dos Bombeiros.
Quartel central dos Bombeiros do Amazonas, desde 1974 |
Outra
observação plausível é de que há municípios pobres e ricos. Para estes, é fácil
apresentar soluções, sempre, porém, contando com ajuda estadual. Duas propostas: “bombeiros civis voluntários”
ou “bombeiros civis municipais”, ambos desvinculados da Polícia Militar. Alguns
desses exemplos já funcionam todos no Sul.
O presidente
da Ligabom ainda indica que existem “os quartéis mistos”. Nesse caso, os
municipais são contratados como funcionários públicos, mas treinados por
oficial ou sargento dos bombeiros militares. Em resumo, a prefeitura paga a
folha de pagamento e o estado fornece viaturas e equipamentos.
Para os
menos privilegiados, além dos modelos citados, há os “chamados consórcios de
cidades”. Nesse caso, “grupos de municípios unem esforços” para a efetivação desse
serviço. Ligados no objetivo, os municípios rateiam os custos e, novamente, o
Estado fornece os equipamentos e veículos. Também exemplos desse quesito podem
ser encontrados no Leste e no Sul. Tal não pode acontecer no Amazonas, porque
os municípios da região encontram-se na beira de barrancos, portanto,
absolutamente isolados.
Da
mesma revista transcrevo o texto abaixo, que me parece completar o exposto na
ideia central, a superação da escassez de bombeiros. Intitulada Bombeiros Voluntários, informa que, depois de quatro meses de
discussão, a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina aprovou a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 001/2012, que permite aos municípios
firmar convênios com os bombeiros voluntários para a realização de serviços de
vistoria e fiscalização de obras. Com a aprovação, as associações de
bombeiros voluntários criadas até maio deste ano estão aptas a firmar convênios com prefeituras catarinenses para a fiscalização de projetos, edificações, obras e certificação.
bombeiros voluntários criadas até maio deste ano estão aptas a firmar convênios com prefeituras catarinenses para a fiscalização de projetos, edificações, obras e certificação.
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