Também convidado, caro Rogel Samuel, compareceu o antecessor da presidenta da República que, a cada dia, me parece mais ridículo. Tanto que, nesta festa, esteve macaquiado de índio. Talvez quisesse acentuar que todos aqui pertencem a mesma tribo.
Ponte Rio Negro, em Manaus. Foto: Chico Batata |
Dois parágrafos sobre a topografia da capital baré para
esclarecer o número de pontes. Plantada à margem esquerda do rio Negro, Manaus
possui o privilégio de assistir ao fenômeno do Encontro das Águas, na
confluência dos rios Negro e o Solimões. Em nossos dias, já incluído no seu
perímetro urbano.
A cidade segue limitada pelas águas, os grandes rios
nos termos regionais, e os igarapés, que dividiam e isolavam bairros. Dos mais
antigos, Educandos e São Raimundo levaram décadas para ter ligação terrestre com
o Centro. Até então, servia de transporte a catraia, como bem descreve Áureo
Nonato, em livro de memórias. As informações a seguir foram alicerçadas em obra
de Mário Ypiranga Monteiro (1909-2004).Ponte de madeira dos Remédios, próxima do Palácio dos Presidentes (1858-59) |
Sem data conhecida, mas antes que se instalasse em sua margem direita o Seminário São José (1848), hoje marcado pela agência do Banco do Brasil, ocasião em que a Ribeira tomou a alcunha de igarapé do Seminário.
Já na Província, em 1881, foi instalada sobre o igarapé
dos Remédios, que desaguava no rio no trecho onde foi construído o antigo Hotel
Amazonas (agora, Condomínio Ajuricaba) a ponte de ferro comprada a Inglaterra.
Serviu para ligar o centro com aquele bairro. Este curso também foi aterrado e,
dessa maneira, a ponte existiu até 1899, quando foi desmontada e... sumiu.
Ponte sobre o igarapé do Espírito Santo, vendo-se a Matriz em construção |
Com a República, e com a prosperidade do Amazonas, foram construídas na última década do século XIX, quatro pontes. Listamos na próxima postagem, pela ordem de inauguração. (segue)
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