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Governador Silverio Nery |
Esse hospital (já desaparecido) passou a ser dirigido por um médico da PM, doutor Lima Verde, em função da prosperidade amazonense. O período, usufruindo a riqueza da borracha, permitiu ao governo manter um corpo policial com estrutura de Regimento: dois batalhões de infantaria, além de artilharia, cavalaria e outros serviços, incluindo-se o de saúde. Sem esquecer a presença de duas bandas de música. O pessoal engajado era de mais de 600 homens, e bem menos que os 900 previstos.
Assim, o atendimento médico ao pessoal da Polícia Militar seguia a fórmula: a visita médica efetuada pelos oficiais médicos, pertencentes aos quadros da corporação. Essa visita permitia apenas o atendimento ambulatorial com indicação dos primeiros cuidados e diagnósticos. Não havia sequer enfermaria. Um nome deve ser lembrado: Dr. Nemézio Quadros, que se associou ao prefeito Adolpho Lisboa em algumas maracutaias.
As lesões mais graves ou moléstia de cura prolongada, o único recurso era baixar o policial na Santa Casa de Misericórdia, a mesma que se agora se encontra com as portas cerradas. Esta estrutura permaneceu até o final da primeira década do século passado.
Após a derrocada da borracha, o Amazonas e, consequentemente, sua Polícia encurtaram. Foram minguando, até que em 1930 o governo intervencionista de Álvaro Maia decreta a extinção da Polícia Militar estadual, alegando não possuir recursos financeiros para mantê-la. Ao retornar a atividade, em 1936, a PMAM viu-se contemplada com um modesto Serviço de Saúde, sob a direção do doutor Ramayana de Chevalier, que preferia escrever (muito bem) crônicas à receita médica.