Quartel dos Bombeiros entre 1963-1974, hoje abandonado |
Aproximava-se o momento de rearrumar os troços, para a mudança. Sem muita mão-de-obra, afinal tudo se manteria no mesmo local, apenas novos comandantes dariam novas ordens.
Ideando reequipar a capital amazonense de serviço qualificado de combate a incêndios e socorros públicos, os governos do Estado e do Município aprofundaram os contatos.
Paulo Nery |
Os personagens destacados dessa nova etapa foram o Governador, João Walter de Andrade (1971-1975), e o Prefeito, Paulo Pinto Nery (1965-1972). De igual modo, mas com maior importância, os comandantes da Polícia Militar do Amazonas (Pmam), coronel Paulo Figueiredo Andrade de Oliveira (1971-1973), e do Corpo de Bombeiros de Manaus (CBM), major Nicanor Gomes da Silva (1970-1973). Apesar de tantos sobrenomes, o artífice destacado da empreitada foi o comandante da Pmam.
Amparado pela legislação emanada do Governo Militar (1964-1985), o coronel Paulo Figueiredo encetou as providências cabíveis que resultaram na incorporação do serviço de extinção de incêndios à PMAM. Esse arrojado plano, em determinado momento, o comandante do CBM conheceu e passou, de maneira restrita, a colaborar.
Na ocasião, o major Nicanor Silva muito se alegrou, pois a perspectiva de acertado futuro para sua corporação - há muito sucateada e desmerecida, era promissor. O pessoal dos Bombeiros poderia aspirar aos novos benefícios e os habitantes de Manaus acreditar em um serviço estruturado e, certamente, confiável.
Já deliberada a incorporação, em dezembro de 1972, desembarcou em Manaus uma missão francesa. Na direção, estava monsieur Robert Abbadie, oficial superior dos Bombeiros de Paris, acompanhado de engenheiros civis. O grupo francês, ciceroneado pelos majores Pedro Câmara e Nicanor Silva, conheceu Manaus de cabo a rabo: do centro histórico à periferia, dos bairros bem situados às invasões nascentes e, nessa inspeção, alcança os barrancos da Ponta Negra.
Os visitantes hospedaram-se no extinto Ipanema Palace Hotel (rua José Clemente, 500), e alimentavam-se no restaurante Xodó (também desaparecido), instalado no cruzamento das ruas Dez de Julho com Tapajós.
Detalhe da fachada do extinto quartel da Polícia Militar, em Manaus |
Mas, por força do cumprimento de regras licitatórias, essa sugestão foi superada e o Estado adquiriu equipamentos alemães. (segue)
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