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domingo, outubro 17, 2010

Deu no... O Estado de São Paulo


Manaus vira a capital nacional do apagão
Interrupções no fornecimento de energia elétrica têm se tornado rotina para os moradores da capital do Amazonas nos últimos meses
17 de outubro de 2010. Renée Pereira - O Estado de S. Paulo


Nos últimos meses, Manaus deixou de ser apenas o principal centro financeiro e econômico da Região Norte para ser a capital do apagão. Lá, as interrupções de energia elétrica, que antes ocorriam esporadicamente, viraram rotina na vida de moradores, empresários e multinacionais da Grande Manaus. Tudo isso porque os investimentos na rede de distribuição não acompanharam a demanda.

Diante do caos energético da capital amazonense, onde se localiza um importante polo industrial de eletroeletrônicos e veículos sobre duas rodas, Brasília resolveu agir. Por determinação do presidente Lula, uma comitiva liderada pelo ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, desembarcou na cidade no início do mês para anunciar um plano emergencial, que já começou a ser implementado.

"Até o fim do ano, vamos deixar Manaus com um bom atendimento de energia", garante José Antônio Muniz, presidente da Eletrobrás, que controla a distribuidora Amazonas Energia.
O plano inclui a troca de 425 transformadores em alguns bairros da cidade, o que deve aumentar a capacidade da rede de distribuição e dar mais confiabilidade ao abastecimento, afirma Muniz. Outros 575 equipamentos deverão ser substituídos nos próximos meses.

A pergunta que a população local faz ao executivo é: por que essa medida não foi tomada antes que houvesse a propagação dos desligamentos? Uma das respostas está ligada aos prejuízos milionários que as estatais amargaram nos últimos anos e reduziram a capacidade de investimento. Mas a explicação também está associada à falta de planejamento.

Demanda maior. Muniz reconhece que o crescimento da demanda, de 14% no ano, não era esperado pela empresa de distribuição, já que a média nacional estava em torno de 9%. De fato, a população local avançou para áreas mais afastadas do centro, novos empreendimentos comerciais foram abertos (como um novo shopping center e grandes redes de supermercados) e a produção industrial da Zona Franca aumentou de forma significativa com a demanda nacional por eletroeletrônicos.

Enquanto isso, a rede de distribuição continuou no mesmo nível - em algumas áreas houve forte degradação. Empresários e representantes do setor produtivo relatam que a deficiência da rede chegou ao ponto de a distribuidora ter de determinar o desligamento de algumas áreas para evitar um efeito dominó na cidade durante picos de consumo. O presidente da Eletrobrás negou que a operação tenha sido adotada e desmentiu a declaração dada por um técnico da empresa.

Isso não significa, no entanto, que a conta de luz da população dos Estados do Norte é barata. Pelo contrário. Está no mesmo nível das Regiões Sul e Sudeste. "Além de cara, é de péssima qualidade. Semana passada, o Rio ficou cinco minutos sem energia e causou uma grande polêmica. Aqui, ficamos cinco minutos sem energia todos os dias e ninguém faz nada", afirma o empresário Raul Andrade, dono de uma rede de restaurantes.
Andrade e Bandeira estão liderando, ao lado do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus, Ezra Benzion, um abaixo-assinado para reivindicar melhorias no sistema. A intenção é levar o documento até Brasília e ter uma resposta mais rápida. "No Brasil, temos o custo Brasil. Aqui, temos o custo Manaus", reclama Andrade.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus, Wilson Périco, destaca que o problema já era para ter explodido se a crise mundial não tivesse arrefecido a atividade econômica. Ele conta que, em 2008, o setor elétrico local já havia apresentado sinais de estrangulamento.
Périco afirma que, para evitar ainda mais prejuízos, boa parte da indústria se equipou com geradores elétricos e "nobreaks".

Centro histórico de Manaus, vendo-se o Teatro Amazonas

É assim que o Governo Federal do companheiro Lula trata a população de Manaus. Trata o Polo Industrial de Manaus. Tá na hora de mudar esse quadro.







Um comentário:

  1. Mais umz vez preferem remediar que prevenir... Qto ao Lulla... tem gente que acha que ele se preocupa com o AM. inocência...

    Aliás... cabe o questionamento... algum dos candidatos veio aqui em Manaus?

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