Renan Freitas Pinto, na posse |
O professor
doutor Ernesto Renan Melo Freitas Pinto recebeu, na última sexta-feira 26, do
silogeu amazonense o colar acadêmico, empossado na Cadeira 32. A sessão
presidida pelo acadêmico Arlindo Porto teve discurso de recepção do médico Marcus
Barros. A assistência contou com expressiva representação da Universidade
Federal do Amazonas, onde o agraciado pontifica. Discípulos, colegas de
magistério e orientandos estiveram na plateia. A noite foi magnífica,
especialmente, pela oração do doutor Renan, que lamentavelmente foi obrigado a
encurtá-la pela dormência na mesa diretiva.
Símbolo da Academia Amazonense |
Outro
detalhe ficou por conta do cerimonial. A cada intervalo era anunciada a presença
de um politico: no primeiro, foi chamado à mesa o deputado federal Francisco Praciano.
No seguinte, a presidência proclamou a presença do deputado estadual José Ricardo
Wendling e, por fim, o expressivo vereador Waldemir José, todos do Partido dos
Trabalhadores (PT).
Ocuparam
lugares no evento 15 acadêmicos: na presidência, Arlindo Porto e Armando de
Menezes, ainda Rosa Mendonça, representante da Reitora da Ufam; nas poltronas
azuis, Elson Farias e José Braga (ex-presidentes), Marcus Barros, Carmen Novoa,
Marilene Corrêa, Moacir Andrade, Zemaria Pinto, Marcio Souza, Aldisio Filgueira,
Abrahim Baze, Francisco Vasconcelos e Geraldo dos Anjos.
O discurso
do novel integrante da Casa de Adriano
Jorge, ambos oriundos de Maceió
(AL), correspondeu à sua cultura, constitui uma página significativa de sua formação
acadêmica. Contou que, apesar de pais amazonenses, nasceu nas Alagoas devido a
obrigação profissional do pai. Chegou a Manaus aos 19 anos, portanto, em 1962,
às vésperas do Golpe Militar.
Logo se fez
amigo dos poetas Elson Farias e Luiz Bacellar, que o encaminharam no Movimento Madrugada, onde compartilhou a atuação dos artistas plásticos Álvaro Páscoa, Moacir Andrade e Getúlio Alho.
Outra animação cultural de então foi a do Grupo de Estudos Cinematográficos
(GEC), quando encontrou ao Márcio Souza e o padre Luiz Ruas.
Adiante, cumprindo
a formalidade de posse, Renan formalizou sutil interpretação de seus
antecessores, começando pelo patrono da Cadeira – Bernardo Ramos. Este, para o
empossado, possui marcas definidas: (1) a coleção de moedas que Beré
(tratamento familiar do patrono) alicerçou e atualmente embasa o Museu de
Numismática estadual; (2) de agente da modernidade na Manaus do início do
século XX, como viajante e vendedor de modas.
O primeiro
ocupante da Cadeira 32 foi o cônego Walter Nogueira, nascido em Coari (AM), porém
com formação intelectual e religiosa a partir de Manaus e encerrada com doutorado
em Roma (ITA). Exerceu o paroquiado da Catedral local e diversas funções públicas
no Estado, todavia, restou assinalado pela instalação da Faculdade de Ciências
Econômicas, em 1957, hoje incorporada a Ufam.
Na sequência,
esta Cadeira coube ao economista Ruy Lins, por sinal, oriundo da Escola de Economia
do predecessor. Lins, na condição de superintendente da Suframa, representou a
mudança regional, preocupado com a formação de quadros.
Para encerrar
sua oração, Freitas Pinto rendeu sua homenagem a dois saudosos acadêmicos, aos
quais denominou de “iluminados na passagem entre nós” : Narciso Lobo e Luiz
Bacellar.
Marcus
Barros cuidou da recepção. Na condição de antigos companheiros, Barros soube
resumir a passagem igualmente iluminada que o acadêmico Freitas Pinto realiza em
nosso meio.
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