CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

quarta-feira, outubro 24, 2012

ANIVERSÁRIO DE MANAUS (2)



Obelisco do centenário de Manaus,
inaugurado em 24 outubro 1948
É hoje. Manaus completa 343 anos de existência, contados da instalação do Forte da Barra do Rio Negro. Os matutinos de Manaus derramaram elogios e escritos de diversas autoridades. Todos responderam sobre aquilo que lhe perguntaram. Curioso, mas não houve qualquer manifestação do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (Igha), do qual faço parte, sobre esta efeméride. Nenhuma palavra.

A agremiação que em tempo do século passado tinha voz altiva. Possuía competência para determinar regras na linha do tempo; possuía ingerência sobre decisões do governo nessa área; possuía disposição para apreciar tema controverso, convidado ou não, e expor sua opinião. Enfim, o Igha participava com envergadura. 

Na postagem anterior, relembrei a publicação do Diário Oficial sobre o centenário da elevação da Barra à condição de cidade, portanto, esta era a data do “nascimento” de Manaus.
O texto é de 1948, lembrando a lei nº 145, de 24 de outubro de 1848, outorgada pela Assembleia Provincial do Pará.
Programa do centenário, Diário Oficial de
24 outubro 1948

Dentro das condições da decadente capital da borracha, a festa foi intensa, ao menos em espaço. Durou mais de uma semana, pois se prolongou de 17 a 24 de outubro.
No domingo 17, a comemoração começou ás 7h30 com o concurso de tiro ao alvo, no estande da Polícia Militar (construído no fundão existente ao final da atual avenida Castelo Branco, onde hoje existe a EE Getúlio Vargas). Houve ainda jogos de futebol, retretas, palestras em grupos escolares, provas esportivas. Dia 23, houve sessão solene na Câmara Municipal, no diretório da UDN, no bairro de Constantinópolis (hoje Educandos) e à noite, outro encontro solene na Casa do Trabalhador. Para encerrar o dia, baile no Atlético Rio Negro Clube.

Dia 24, domingo, o encerramento das comemorações começou mais cedo, às 5h30, com a alvorada pelas bandas de música que percorrerão (a pé) a cidade, deve ter sido o centro da cidade. Seguiu-se a missa campal, na Praça do Congresso, “para pedir a benção de Deus” para a esta cidade. Ao final da missa, os jovens de colégios e escolas e grupos escolares desfilaram em direção à praça da Matriz, onde foi inaugurado o Obelisco (aquele mesmo que ainda resiste ao vandalismo e outras ameaças). Para encerrar a manhã, a Maçonaria fez inaugurar obras no templo da Loja “Esperança e Porvir”.

À tarde, no Parque Amazonense, a Tuna Luso de Belém (PA) enfrentou um combinado amazonense (desconheço o resultado).

E à noite, encerrando os festejos do centenário de Manaus, duas atividades: às 20h, a sessão solene no Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (Igha), consagrando a data. E, às 20h30, espetáculo público no Teatro Amazonas, como acontece hoje para os 343 anos. Como afirmei acima, o meu Igha deixou de operacionalizar a história amazonense.
Até o próximo parabéns pra você, Manaus (abaixo, em foto de 1980).


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