Anjo existente no cemitério São João Batista |
Transcrevo o bilhete que meu irmão me enviou, lembrando a morte do sobrinho Roberto Souza, o Betão.
Mano,
Lendo a mensagem em homenagem ao Betão no seu blog, senti novamente a dor que me acometeu há seis anos. Naquele ano, naquele Natal me senti desanimado e amargurado, principalmente com a perda prematura do garoto. Nas poucas vezes em que estivemos juntos senti a sua aura e sua candura me tocar. Senti o prazer da convivência e do papo inteligente, a hospitalidade nunca antes experimentada.
Lendo a mensagem em homenagem ao Betão no seu blog, senti novamente a dor que me acometeu há seis anos. Naquele ano, naquele Natal me senti desanimado e amargurado, principalmente com a perda prematura do garoto. Nas poucas vezes em que estivemos juntos senti a sua aura e sua candura me tocar. Senti o prazer da convivência e do papo inteligente, a hospitalidade nunca antes experimentada.
Para nossa tristeza, mais uma das decisões
divinas que custamos a aceitar. Agora, passados esses anos, também estou
solidário com você para podermos expiar os nossos pecados; esperançosos de que
Deus na sua benevolência guarde para o Roberto filho um lugar de luz e paz na
sua morada. Enquanto ficamos por aqui, cumprindo a nossa missão até que um dia
a inevitável morte nos una novamente.
Receba as minhas condolências sinceras.
Renato
Mendonça
Bem a propósito, hoje, em conversa com o
amigo Almir Diniz, dele recebi uma antiga (março 2002, número 51) publicação. Intitulada
Ô Catarina!, foi endereçada de
Florianópolis (SC) para o saudoso Anísio Mello.
E porque me fez relembrar o golpe, reproduzo
deste periódico o poema de Osmard Andrade Faria.
Espera por mim, filho
Faz um ano, meu filho,
que tu estás dormindo.
Lembras-te do instante anterior
em que nos despedimos
e desejei que dormisses em paz?
Levaste aquele meu voto muito a sério
-- a sério demais.
Já faz um longo ano que te espero acordar.
Ou será que este sono
que estás agora
é tão mais justo e repousante
que me convidas
a ir ter contigo?
Pois espera por mim
que não demoro.
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