Alencar e Silva, bico de pena de J. Maciel, em Os poetas do Amazonas |
Há um ano, em
25 de setembro, morria no Rio de
Janeiro, o poeta Joaquim de Alencar
e Silva, integrante da Academia Amazonense de Letras. Acabara de
completar 81 anos e vinha enfrentando dura luta pela saúde. A vaga aberta com
sua morte foi ontem preenchida, em eleição disputada, ao menos, em número de
concorrentes: quatro foram os inscritos.
Alencar e
Silva, que os mais próximos chamavam de Neto, nasceu em Fonte Boa (AM), em 1930.
Realizou seus estudos em Manaus, alcançando o bacharelado pela Faculdade de
Direito do Amazonas. Aos 22 anos lançou
seu primeiro livro de poesia – Painéis.
Outras publicações foram realizadas, como Lunamarga,
1965, e Território noturno, 1982. Postumamente,
em dezembro passado, saiu Quadros da
Moderna Poesia Amazonense, pela Editora Valer.
Um pouco adiante,
Alencar, ao participar com efusão do movimento literário criado em 1954,
tornou-se “uma testemunha privilegiada das ações que transformaram o Clube da
Madrugada num marco do fazer cultural no Amazonas” (Tenório Telles). Do Madrugada dirigiu por dez anos a “página
literária” deste, encartada aos domingos em O
Jornal.
Quando diretor-presidente
do Diário Oficial do Amazonas, permitiu que nesse periódico fosse publicada uma
página literária, experiência que perdurou enquanto seu mandato foi efetivo.
Na eleição
de ontem, quatro concorrentes disputaram a Cadeira 23, do saudoso Alencar e
Silva. Venceu o doutor Júlio Antônio Lopes, diretor de A Crítica, com 23 votos. Os demais pela ordem de sufrágios: empresário
Rita Bernardino obteve cinco; padre João Batista Mendonça, dois; e Urias Freitas,
um voto. Novamente o jornal A Crítica vê-se recompensado pelos seus elementos;
a primeira vez ocorreu na escolha da jornalista Mazé Mourão.
Alencar e
Silva, por questões bem mais que plausíveis, decidiu morar na bela cidade do
Rio de Janeiro, onde faleceu e foi sepultado.
Prezado Roberto, sou filho de Alencar e Silva. Li seu artigo sobre a sucessão da cadeira ao qual meu pai era patrono, a única correção que faço é que o mesmo formou-se na faculdade nacional de direito, atual UFRJ.
ResponderExcluirGrande abraço.
Saulo Alencar