Ainda
do livro A Imprensa no Amazonas, editado pelo
governo do Estado, em 1908, para celebrar o primeiro centenário da imprensa no
Brasil, recolho o material sobre o fundador da imprensa em Manaus.
Detalhe da capa do livro |
* * *
O
primeiro suplemento apareceu acompanhando o número 10, de 8 de setembro, ainda
de 1866, declarando o Amazonas em sua
edição de 15 do referido mês, o seguinte: Expediente. Tendo nós contratado com o governo da Província o expediente oficial,
temos de fazer publicar o “Amazonas”, em todas as quartas-feiras, de tarde, o
que declaramos para ciência dos nossos assinantes e mais pessoas a quem possa
interessar.
No
seu número 12, de 18 de setembro, começou a publicar o expediente do governo da
Província, mediante o contrato que firmara o seu proprietário para tal fim.
A
2 de janeiro de 1867 foi publicado o segundo folhetim de Baré Manao, estando a folha no seu número 20, entrando, por esse
tempo, para a redação o dr. Manoel José Domingues Codeceira, secretário do
governo da Província. No número 34, de 6 de fevereiro, surgiu a seção “Revista
Mensal”, de Aldeão, contendo o resumo
dos fatos mais importantes do mês anterior. O pseudônimo Aldeão era usado pelo dr. Luiz Coutinho que, com Bento Aranha, se
revezava na feitura dessa crônica.
Na
data acima a tipografia fundiu-se com a da Voz
do Amazonas, declarando o então Amazonas
que, desde então, os assinantes daquele periódico receberiam este, ficando
considerados como assinantes seus, salvo declaração em contrário. (...) A 4 de
abril de 1867, com o número 43, mudou o formato do título, tornando-se órgão
oficial a 1º de maio, com o número 48. No número seguinte, de 8 de maio, retirou
a declaração de ser órgão oficial.
Contava
então o semanário com a colaboração de Antônio Epaminondas de Mello [presidente
da Província]; Romualdo de Souza Paes de Andrade; Antônio David de Vasconcelos
Canavarro [médico] e Domingos Soares Ferreira Pena. A 28 de abril, Antônio da
Cunha Mendes firmou o segundo contrato com o presidente da Província, Antônio
Epaminondas de Mello, e a 24 de maio assinou com a mesa da Assembleia Provincial
outro contrato para a publicação das atas das sessões.
A
13 de junho o Amazonas passou a ser propriedade da firma Antônio da Cunha
Mendes & Filhos e, em novembro, a tipografia, que funcionava à rua 5 de
Setembro [atual Henrique Martins] nº 4, mudou-se para a rua Brasileira [hoje
Sete de Setembro], casa próxima a ponte do Aterro, hoje praça da Constituição
[praça da Polícia].
A
29 de fevereiro de 1868 principiou a inserção dos folhetins intitulados “De fio
a pavio”, de Guilherme Trovoada, entrando, nessa época para a redação o então capitão
do exército Estevão José Ferraz [na condição de deputado provincial foi o autor do projeto que recriou a Polícia Militar no Amazonas, em 1876].
No
mês de março, a tipografia foi mudada para a rua da Palma (hoje Saldanha
Marinho), canto da travessa da União (hoje rua Affonso de Carvalho) [agora rua
Rui Barbosa]. A 26 de junho foi renovado o contrato com a Assembleia Provincial
e a 29 de agosto, o sr. Cunha Mendes retirou-se da cidade, substituindo-o nos
seus serviços na folha o administrador das oficinas, Raymundo Pereira da Silva
Lobo, cognominado O Capucho. Por falta
de papel de impressão, o semanário diminuiu o formato a 3 de outubro, voltando
ao tamanho primitivo somente a 26 de setembro de 1869. (segue)
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