Em
prosseguimento com a publicação do livro A
Imprensa no Amazonas, elaborado pela comissao composta de Alcides Bahia; J. B. Faria e Souza e
Antônio Monteiro, e editado pelo governo do Estado, em 1908, para celebrar o
primeiro centenário da imprensa no Brasil.
Resumo
histórico
O
ano de 1889 tornou-se notável pelo grande número de jornais que foram
publicados. Ainda nos primeiros anos que se seguiram a esse, surgiram algumas
folhas, escritas com vigor e correção, quase todas com acentuadas tendências políticas,
consequentes, certamente, da mudança de forma de governo.
É
fato que depois disso o nosso jornalismo teve um quase período estacionário que
se transmudou num entusiasmo significativo, especialmente em 1897, 1898, 1899,
1900 e 1901 quando apareceram muitos órgãos de publicidade, quer diários, quer periódicos.
Já
se estabelecera em 1897 o telégrafo, propulsor de grande monta para o êxito seguro
das empresas jornalísticas, auxílio valiosíssimo que desdobra as vantagens
informativas do que ocorre pelo mundo inteiro.
De
posse desse inestimável elemento, as folhas diárias adquiriram feição e importância
diferentes dos tempos anteriores, avolumando os seus informes; os proprietários
e as empresas jornalísticas estabeleceram nas oficinas tipográficas as reformas
aconselhadas pelos aperfeiçoamentos modernos; apareceu a xilografia; circularam
os órgãos sem interrupção de um só dia, enfim, um sopro novo de vida perpassou
no jornalismo e a sua influência está hoje manifesta e patente.
Os
jornais manauenses de hoje são atraentes, bem feitos, preenchendo as exigências
do tempo. São escritos com proficiência e maestria e neles trabalham e têm
trabalhado jornalistas de valor. Do Norte do país, sendo a mais nova, a
imprensa de Manaus não desmerece ao lado das demais, das outras capitais, quer
pelos recursos gráficos de que é dotada, quer pelos elementos inteligentes de
que dispõe.
* * *
No
interior, a imprensa apareceu em 1874, com a publicação do periódico Itacoatiara, na cidade desse nome. Surgiram
depois periódicos em Parintins, Manacapuru, Coari, Tefé, Barcelos, São Joaquim,
Rio Branco [hoje Roraima], Humaitá, Manicoré e Lábrea.
Nestes
dois últimos citados municípios conta-se o maior número de periódicos publicados
no interior, pois cada um deles apresenta oito, seguindo-se Itacoatiara onde já
foram impressos cinco.
Apesar
das dificuldades que existem para que nesses pontos viva e prospere um periódico,
muitos deles têm tido, no entanto, existência proveitosa, trabalhando
devotadamente para o adiantamento desses lugares.
No
território do Acre tem sido impressos seis periódicos assim divididos: quatro
no Departamento do Alto Acre, um no do Alto Purus e um no do Alto Juruá. (segue)
Catálogo
geral de jornais circulados no Amazonas (1851-1889)
1879
CENSOR
O
1º número é de 7 de setembro de 1880. Deixou de ser publicado em fevereiro de
1881.
1880
O
CENSOR DO CENSOR
O
1º número é de 3 de outubro de 1880. Terminou em 21 de novembro do mesmo ano,
com o nº 8. Foi substituído pela Palmatoria.
PALMATORIA
O
1º número é de 28 de novembro de 1880. Terminou em 30 de janeiro de 1881, com o
nº 18.
1881
VOZ
DO POVO
O
1º número é de 1º de maio de 1881. Terminou em fins de agosto de 1882, com o nº
64. Foi substituído pelo Echo dos Andes.
QUINZE
DE AGOSTO
Número
único em comemoração desse dia em 1881, adesão da província do Pará à Independência. (segue)
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