Coronel Silva (à esq.), major Achilles (centro) e doutor Danilo Corrêa, 1967-68 |
É
que antes do Museu Tiradentes, inaugurado em 1985 e extinto com a desativação daquele
quartel, a aludida Bandeira permanecia num escrínio no salão de honra, à
entrada do gabinete do comandante.
O
local abrigava diversas peças, as mesmas que inauguraram o extinto museu.
Na
foto, (à esquerda) encontra-se o coronel José Silva, pernambucano que desembarcou
em Manaus, integrando uma tropa do Exército, ao tempo da Segunda Guerra. Era terceiro-sargento.
Com o tempo, descobriu que a Polícia pagava mais ou que a cidade era mais “risonha”.
Deu baixa do EB e engajou-se na condição de oficial na PM. Era comum essa
subida de posto, quando da transferência entre essas entidades militares.
Baixo
e gordo, Silva possuía uma característica na relação com os subordinados: tratava-os
por “caboco”.
Silva
aprendeu depressa os caminhos das pedras, do avanço na caserna. Em oportunidades
promissoras serviu na Polícia Civil, quando esta se abrigava na rua Marechal
Deodoro. Foi então delegado de polícia. Também comandou a Guarda Civil, a
organização subsidiária da PC, com sede na rua Guilherme Moreira, extinta pelo
Governo Militar.
O
oficial do centro (na foto) era o major Achilles Daltro Pinto da Frota (tio do
ex-governador Vivaldo Frota). Dentista formado ainda pela Universidade Livre de
Manaus, solteirão convicto, exercia esse ofício no Serviço de Saúde da
corporação. Como não havia material odontológico, nosso colega pouco ou nada
realizava. E, para complicar, sofria de
artrose nas mãos. Pronto.
Mas,
se alguém quisesse “matar” ao major Achilles, o local exato era o extinto bar
Balalaika, ali no cruzamento da rua Leonardo Malcher com avenida Epaminondas.
Ali, todas as noites, onde possuía mesa cativa, ele sorvia seu uísque. Fiz companhia ao amigo em várias
oportunidades. Aproveitava eu para comer o sanduiche de pernil ou leitão,
servido a moda portuguesa. Naquele tempo, eu apreciava uma cerveja, hoje
prefiro o uísque.
Um
detalhe chama atenção no uniforme do major Achilles. São os distintivos de
oficial, então de metal, mas quadriculados. Bem diverso das estrelas hoje
exibidas pelos membros da milícia. Foram usados na transição entre o laço húngaro
e as divisas em vértice, creio que entre 1967 e ano seguinte. Portanto, este
registro fotográfico pertence a essa época.
O
terceiro personagem era o doutor Danilo de Aguiar Corrêa, que também passou
pelo Serviço de Saúde da PMAM. Médico com clientela formada obteve eleição para
deputado estadual. Numa dessas desobrigas politicas ou eleitoreiras, morreu em
acidente de aviação. O desastre aconteceu nos barrancos em município do rio
Solimões.
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