Quartel do 1º Batalhão, Petrópolis, 1975 |
Eram três enormes prédios (para a época), o do comando,
com tantas e um enorme corredor, que mais parecia um hotel ou hospital, e mais
dois para as companhias, sem esquecer o corpo da guarda, onde se encontrava o
famigerado xadrez. Todos eles dispondo de venezianas de madeira; armários de
madeira nos alojamentos; travessas adequadas a armação de redes, isso mesmo, com
essas medidas Dr. Severiano Porto pensava em arejar os espaços. Hoje, as
venezianas quase desapareceram, pois a refrigeração do ambiente obrigou a
substituição.
Coronel Flávio Augusto |
Coube ao tenente-coronel Flávio Augusto da Silva Rebello, comandante do batalhão desde abril, efetuar a transferência. Dois outros auxiliares do coronel Flavio são aqui lembrados: major Manoel Gouveia dos Santos Freire e o capitão Mael Rodrigues de Sá, coincidência, estes dois eram conhecidos pelo último sobrenome.
Tenentes-Coronéis Helcio Motta e Lustosa, e major Freire (a partir da esq.) |
Dois anos depois, em fevereiro, assumia o comando da
organização, o tenente-coronel Hélcio Rodrigues Motta (1973-1976),
nele permanecendo por três anos. Coronel Hélcio, oficial graduado na escola da
PM da Guanabara, soube conduzir, ainda que com sua conversa algumas vezes prolixa,
a tropa. Conseguiu superar alguns entraves, tanto os policiais como os da
administração municipal. Enfim, como se diz na caserna, assentou alguns tijolos
na construção do batalhão.
Foi para esse
comando que, em 1974, eu fui transferido. Ainda major,
prestei os encargos próprios do meu posto, ali permanecendo até 1977, quando
fui designado para o comando da Rádio Patrulha, então ocupando o aquartelamento
da rua Dr. Machado, atrás da Maternidade Ana Nery, agora Balbina Mestrinho.
As aperturas
que o batalhão enfrentava eram desafiadoras, por isso, atraía poucos militares
para o serviço de policiamento da cidade, que lhe cabia. Assim, era considerado
um local de “castigo”. Os faltosos, os transgressores da disciplina eram
comumente transferidos para aquela unidade. Foi o que aconteceu comigo, ao fracassar
no comando do Corpo de Bombeiros.Quadra de esportes em funcionamento (acima) e os soldados-especialistas na ampliação do quartel, no comando do coronel Lustosa (abaixo) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário