Mulateiro - sede do Clube da Madrugada |
1950 – É concedida uma
área para a construção do Pavilhão São Jorge, mais conhecido por Café do Pina
(sobrenome do favorecido), o português José de Brito Pina. Instalado na então praça
João Pessoa, em frente ao Cine Guarany e fronteiriço ao quartel da Polícia Militar
do Estado. A concessão foi realizada pelo prefeito de Manaus, Raimundo Chaves
Ribeiro. Tornou-se o café que, entre tantos frequentadores, congregou os "madrugadistas".
1954 – Aconteceu a fundação do
Clube da Madrugada, na madrugada desse dia, sob o mulateiro da praça da Polícia ou de Heliodoro Balbi. Apesar de se
manter em ambiente de liberdade, em 1961, foram aprovados seus Estatutos. Tudo indica, porém, que esse diploma legal “não pegou”.
Art. 1º - O Clube da Madrugada, fundado e sediado nesta cidade de
Manaus, órgão que
permite a livre manifestação do pensamento e tem por propósito o
estudo, o desenvolvimento
e a divulgação dos diversos ramos das ciências, das letras e das artes.
Parágrafo único - Essa finalidade não se restringe ao âmbito
da agremiação, mas visa também levar ao povo, através do trabalho escrito, oral ou divulgado, o conhecimento do que se fez no campo da
cultura em geral.
Art. 2º - Para cumprimento do que se propõe, o Clube promoverá:
- a organização de uma
biblioteca;
- a instituição de
concursos anuais, com prêmios aos autores de obras de poesia, ficção,
ensaio, teatro, artes plásticas e rítmicas, com regulamento previamente discutido em sessão
convocada pela Presidência da Sociedade;
- a realização de conferências,
seminários, palestras e debates sobre assuntos de caráter
científico, literário, artístico ou outros que, por sua
oportunidade ou magnitude, atendam ao interesse geral;
- o lançamento e a
exposição de livros ou trabalhos de arte em geral, especialmente de autores
pertencentes ao Clube.
Assinaram o documento referente aos
Estatutos
do Clube da Madrugada, os seguintes
membros: Raimundo Theodoro Botinelly de Assumpção, Carlos Farias de Carvalho, Jorge Tufic, Arthur Engrácio da Silva, Jefferson Péres, Evandro das Neves
Carreira, Aluísio Sampaio Barbosa, Pe. Luiz Ruas, Pedro de Amorim,
Saul Benchimol, Álvaro Reis Páscoa, Elson Farias, Edison Bentes Farias, Luiz Bacellar, Moacir Couto de Andrade, Sebastião Norões, Francisco Ferreira Batista, Nivaldo Santiago, Afrânio de Castro, Djalma Passos, João Bosco
Araújo, Luiz Bezerra, Antônio Gurgel do Amaral, Miguel Barrela, Benjamin Sanches e Francisco Vasconcelos. Diário Oficial do Amazonas, Manaus, 20 dez. 1961. (Extraído de As artes plásticas no Amazonas: o Clube da Madrugada, de Luciane Páscoa, 2011).
Saul Benchimol, Álvaro Reis Páscoa, Elson Farias, Edison Bentes Farias, Luiz Bacellar, Moacir Couto de Andrade, Sebastião Norões, Francisco Ferreira Batista, Nivaldo Santiago, Afrânio de Castro, Djalma Passos, João Bosco
Araújo, Luiz Bezerra, Antônio Gurgel do Amaral, Miguel Barrela, Benjamin Sanches e Francisco Vasconcelos. Diário Oficial do Amazonas, Manaus, 20 dez. 1961. (Extraído de As artes plásticas no Amazonas: o Clube da Madrugada, de Luciane Páscoa, 2011).
Na Livraria Valer, Elson Farias, Zemaria Pinto e Max Carphentier (a partir da esq.) |
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