Anjo azul |
Anjo dourado |
Quebrei uma tradição pessoal: não compareci hoje aos cemitérios para a reverência aos meus mortos. Falei em cemitérios, porque tenho finados em pelo menos três locais. Mas, não sei que motivos me bloquearam.
Aproveitei o retiro para recordar certa atividade que
empreendi já são passados dois prefeitos. Explico: antes do governo de Serafim
Corrêa, frequentei o cemitério São João Batista, com o intuito de efetuar um
levantamento de seu patrimônio. Sua riqueza de vários aspectos.
Ademais, fotografei as sepulturas mais distintas e as mais estranhas.
Estranhas por motivos como lápide com epitáfio em versos; em idiomas diversos. Reproduzi
as fotos existentes. Revi os mortos do cemitério São José, transferidos para o São
João.Detalhe da porta da capela do cemitério São João |
Acompanhei a restauração da capela do patrono. Na época,
arrematava o trabalho sobre o prefeito-comandante Adolpho Lisboa. E foi da
porta da capela que saquei o título do livro – Administração do coronel Lisboa,
afinal premiado pela extinta Concultura, do saudoso Anibal Beça.
Capela e o cruzeiro |
Detalhe gótico da capela |
Ainda da pesquisa do cemitério guardei vasto material, que espero breve publicá-lo. Apesar de não ter concluído o trabalho, pois havia olhos vivos que me espreitavam. Mais uma explicação: há um comércio estranho e, diria, criminoso dentro do campo santo.
Não era meu intento, mas ouvi e vi alguns adornos
trocando de lugares. A venda descarada de placas, fabricadas no interior do
cemitério. A venda de sepulturas abandonadas. A invasão destas. Confesso que me
assustei. Busquei apoio da prefeitura e, como não consegui, abandonei a
empreitada.
Neste Dia dos Finados, em homenagem aos meus mortos, revi este
material, e com ele ilustro esta postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário