Domingo 18, pintou em Tesouros particulares a caneta
do saudoso governador Danilo Areosa (1967-71), com a qual, assegura o filho do
homenageado, assinou a criação da Zona Franca de Manaus. Logo fiquei confuso,
porque o criador deste entreposto foi o presidente Castelo Branco. Aliás, a ZFM
já existia, criada em 1957, pelo presidente Kubitschek e fruto da iniciativa do
deputado Pereira da Silva. Apenas não funcionava.
Caderno Vida&estilo. A Crítica, 18 agosto 2012 |
Assim,
nesse panorama, agiu o Governo Militar para reformular a Zona Franca. O ensinamento
pertence à mestra Etelvina Garcia (Manaus:
referências da história): Dois
anos depois da instalação da Universidade do Amazonas, o presidente Castelo
Branco assinou o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, que alterou as
disposições da Lei nº 3.173, de 6 de junho de 1957, e reformulou a Zona Franca
de Manaus, (...).
Mas,
e a caneta do governador, funcionou ou não? Claro que sim, não na própria reformulação,
mas para completar o leque de incentivos estaduais, que foram determinados pelo
DL 288. A prefeitura de Manaus foi mais célere, decretando ainda em março para
isentar do ISS “as empresas e os profissionais autônomos”.
A
caneta do governador Danilo Areosa foi incialmente utilizada em 7 de abril de
1967 para chancelar a Lei nº 569, que concedia “crédito fiscal de ICM, nos
termos do art. 49, I, daquele Decreto-Lei”. E, certamente, pelo seu período governamental,
para assinar outros decretos beneficiando as empresas que aportavam na ZFM.
Garcia
recorda: O setor de serviços expandiu-se. A oferta de empregos, a receita
tributaria estadual, os índices de construção civil e o consumo de energia elétrica
cresceram significativamente. E conclui. Deste modo, Manaus expandiu-se “para
além do Boulevard Amazonas”. Evidente, Tomzé Areosa, graças à caneta de seu
pai, governador Danilo Areosa.
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