CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

terça-feira, março 31, 2020

HOSPITAL DA POLÍCIA MILITAR



Ao passar para a reserva na Polícia Militar do Amazonas (PMAM) em outubro de 1996, estava dirigindo o Serviço de Saúde da corporação. Aliás, fui o primeiro oficial combatente a exercer esse cargo e, desse modo, preciso explicar o evento: na época, diante de um desentendimento entre médicos e dentistas integrantes deste setor, o coronel Mael Sá, comandante-geral (1995-97), resolveu inovar nomeando-me chefe do Serviço de Saúde (SS). 

Principal serviço de saúde da PMAM, hoje abandonado
Com apoio no decreto 17.238/96, que efetuou uma reorganização na PMAM, estive naquela função entre junho e outubro desse ano. Apesar do tempo exíguo, produzi uma reforma dos prédios do SS, o hospital na rua Candido Mariano (atualmente aos pedaços, largado e ocupado por “invasor”), e o do Consultório Dentário, na rua Duque de Caxias, onde foi inaugurado a Companhia de Rádio Patrulha (desaparecido, após ser absorvido pela maternidade Balbina Mestrinho).
Além de melhorar as acomodações, consegui dar novo visual ao Hospital da Polícia Militar (HPM). E, devido minha aproximação com a imprensa, divulgar o feito. Veja a foto.
Mais: em busca de uma fórmula para que o HPM sobrevivesse, sem depender exclusivamente da Diretoria de Finanças, conversei exaustivamente com os oficiais médicos. Não alcançamos resultado positivo, mas intentamos com as seguintes sugestões: 1) receber  do extinto Ipasea, somente, 1% do nosso recolhimento; 2) estabelecer em diretrizes os dependentes dos policiais, a fim de que impedir que o “coronel” levasse até os vizinhos, para atendimento sem ônus; 3) melhoria das dependências, para permitir a recepção de clientes-particulares, mediante paga; 4) o pagamento simbólico (R$ 1,00) pelo atendimento, seja por consulta ou internação, pelos associados (lembrando que de graça, nada tem valor); 5) absorver o atendimento pelo SUS.
Enfim, o resultado desses procedimentos injetaria recursos financeiros no HPM, todavia, para que o gerenciamento desses valores fosse mais bem administrado, urgia que a corporação criasse uma Fundação (ainda continua necessária). Semelhante as que possuem as corporações militares federais e algumas policiais estaduais.
À fundação caberia, entre outras iniciativas, contratar médicos especializados, que atenderiam conforme normas administrativas e trabalhistas. Com isso, a corporação não se preocuparia com a seleção de oficiais médicos e de outras categorias. E, mais adiante, com a promoção desses e os desgastes que a hierarquia acaba gerando, tal como a que enfrentou o coronel Mael Sá, conforme explanado.

Da maneira que segue, lamentavelmente, a Policlínica não passará de uma UBS.


Um comentário:

  1. Como faço para conversar e saber mais sobre o hospital militar da candido mariano. O senhor teria a planta desse prédio.? Me desculpe me chamo Valcilene vilas boas . Meu contato 92 993728435

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