Em tempos de coronavírus, compartilho o texto de Marco Gomes, o Marquinho, que trava uma luta contra o câncer de próstata. Enfrenta com altivez e serenidade, sem pieguismo e sentimentalismo.
Em tempos de afronta
ao abraço e o impedimento de se estender a mão ao amigo, envio ao Marquinho –
homem do sorriso – outro sorriso, com meus votos de sucesso.
DEPOIMENTO REAL SOBRE O CÂNCER DE
PRÓSTATA
mARCO gOMES
Depois de postar diariamente matérias sobre o câncer
de próstata e como o NOVEMBRO AZUL está sempre em cartaz, darei meu depoimento
visceral, como tudo que faço, sobre o tema.
Sabemos que a PRÓSTATA é uma glândula genital
masculina do tamanho de uma noz, localizada entre a bexiga e a pélvis. Ela começa a se desenvolver, aumentando o seu tamanho durante a adolescência,
devido a ação da testosterona, ela chega a seu tamanho médio, que é de
aproximadamente 3-4cm na base, 4-6 na parte céfalo caudal, e 2-3 na parte anteroposterior.
Os homens com maior propensão a ter problemas
relacionados a ela, são os de pele negra, sedentários e os que apreciam um bom
churrasco como eu.
Todo homem no decurso de sua existência terá problemas de próstata, não tem pra onde correr, se ficar o câncer come.
Por isso, não só aqueles que tenham um parente direto afetado pelo câncer (pai, irmão). Todos nós a partir dos 50 anos, temos que monitorar a próstata fazendo coleta de sangue pra saber como anda seu antígeno prostático específico (PSA), que é usado principalmente para pesquisar câncer de próstata em homens assintomáticos.
É também um dos primeiros exames realizados em homens que apresentam sintomas que podem ser causados pelo câncer de próstata.
Todo homem no decurso de sua existência terá problemas de próstata, não tem pra onde correr, se ficar o câncer come.
Por isso, não só aqueles que tenham um parente direto afetado pelo câncer (pai, irmão). Todos nós a partir dos 50 anos, temos que monitorar a próstata fazendo coleta de sangue pra saber como anda seu antígeno prostático específico (PSA), que é usado principalmente para pesquisar câncer de próstata em homens assintomáticos.
É também um dos primeiros exames realizados em homens que apresentam sintomas que podem ser causados pelo câncer de próstata.
Pertenço a geração dos anos 60, época em que, (logico)
não havia a maravilha da internet, portanto, sem redes sociais, instrumento
indispensável nos dias atuais.
Distante do Sul maravilha, ilhada e cercada por uma
floresta exuberante, rios e igarapés caudalosos e límpidos. Tínhamos toda
liberdade para exercitar o corpo e a mente. As ruas eram extensões de nossos
quintais, onde organizávamos brincadeiras como: futebol, barra bandeira,
garrafão, amarelinha, camone boy, cemitério, e às deliciosas caí no
poço, esconde-esconde, brincadeira de casinha e a melhor de todas, de médico.
Os vários igarapés que cruzam a cidade, (hoje
transformados em esgotos), serviam como megas piscinas olímpicas para prática
de natação. A educação trazíamos do berço para serem esmeriladas por mestres
zelosos e vigilantes.
Tive a felicidade de ser aluno da professora Polinésia
Pires de Carvalho (dona Zizí, cuja mãe dona Maria, foi quem criou Carmen a qual
chamavam de doida). Naquele tempo existia a sabatina, instrumento didático para
aprender de cor Matemática, levei muito bolo nas mãos (nem por isso fiquei
traumatizado, a ponto de precisar de apoio psicológico, aliás, essa era uma
profissão sem futuro na taba).
Quando se mijava fora do caco, o couro comia, coisa
normal e sadia.
Os pais tinham o dever e a responsabilidade de nortear os caminhos da prole. Isso foi antes da revolução pedagógica norte-americana que criminaliza um puxão de orelha, já o filho pode pintar o caneco, agredir os genitores tendo como égide, esses esdrúxulos Conselhos Tutelares, quase sempre, feudo de políticos bundas moles e seus apaniguados analfabetos e pedófilos (aliás, coisa rara outrora).
Os pais tinham o dever e a responsabilidade de nortear os caminhos da prole. Isso foi antes da revolução pedagógica norte-americana que criminaliza um puxão de orelha, já o filho pode pintar o caneco, agredir os genitores tendo como égide, esses esdrúxulos Conselhos Tutelares, quase sempre, feudo de políticos bundas moles e seus apaniguados analfabetos e pedófilos (aliás, coisa rara outrora).
Como eu era feliz e sabia. Sou saudosista sim senhor,
amava aquela paz de outrora, onde não havia, atropelos, muito menos
atropelados, a vida tinha prioridade.
Universitário curtia @Ivan Lins, Gonzaguinha, @Chico
Buarque, Taiguara etc. Hoje é @Luan Santana, Pablo Vi(a)tar, pagodes e a
nefasta máfia do dendê, que a rede globo nos empurra goela abaixo, com graus,
gêneros e orgulhos.
Como nada é perfeito, a culpa sempre é dos
governantes, que só propagam suas lambanças, omitindo coisas básicas como
educação e saúde, assim como eu, existem homens ignorantes que desconhecem uma
coisa vital inerente a todos nós: a próstata.
Da poesia vesti a fantasia do poeta e saí por aí.
Sempre fui outsider as normas e convenções usando e abusando de tudo que
me desse na telha. Ancorado pela estupidez machista e pela minha própria
ignorância, até meus 60 anos desconhecia completamente a próstata, esse negócio
de ‘dedada no cu’, nem pensar.
Até que após uma farra com meu parceiro e amigo
@Jersey Nazareno, paralisou geral minhas funções ejetoras (tranquei o cu e a
pica).
Fiquei 18 meses com uma sonda vesical introduzida em
minha uretra, que precisava ser trocada cada 15 dias para evitar infecções. Não
pensem nunca que isto é indolor.
Graças ao doutor @Roger Alves,
que bancou do próprio bolso as custas com os preparativos para a operação, hoje
em dia faço uso do canal competente, para esvaziar minha bexiga.
O câncer, ainda me corrói as entranhas e, para esta terceira fase, vou à luta sem lenitivo ou otimismo piegas. Vou encará-la de frente e lutar pela minha vida. Pois não acredito em paraíso, prefiro esticar minha estada neste vale de lágrimas, ouvindo boa música e sorrindo sempre.
O câncer, ainda me corrói as entranhas e, para esta terceira fase, vou à luta sem lenitivo ou otimismo piegas. Vou encará-la de frente e lutar pela minha vida. Pois não acredito em paraíso, prefiro esticar minha estada neste vale de lágrimas, ouvindo boa música e sorrindo sempre.
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