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quinta-feira, julho 11, 2019

CBMAM - CORPO DE BOMBEIROS AM


Hoje 11, o Corpo de Bombeiros do Amazonas festeja mais um aniversário.

Quartel do Corpo de Bombeiros - Petrópolis
São agora 143 anos de serviços, desde que o vice-presidente da província, capitão-de-mar-e-guerra Nuno Alves Pereira de Mello Cardoso sancionou a Portaria nº 268/1876, “mandando observar as instruções para o serviço de extinção de incêndios”. Apesar de não se tratar de uma corporação militar, esta data tornou-se respeitada pelas demais congêneres, de sorte que o Amazonas possui a segunda corporação do gênero criada no Brasil. A primeira, como é sabido, foi estabelecida na capital da Corte pelo Imperador D. Pedro II, em 1856.
Na capital amazonense, esse serviço assemelhava-se aos bombeiros voluntários. Com uma diferença: a administração havia determinado as obrigações de tantos, da igreja e os sinos a anunciar o local da tragédia; dos policiais civis e militares e demais militares; da tripulação de navios ancorados no porto; dos aguadeiros (vendedores de água) com suas carroças; enfim, a ajuda intimorata da população; todo esse esforço estava sob a responsabilidade do diretor de Obras Públicas, coronel de engenheiros Leovigildo Coelho.
Bomba de incêndio
Convém salientar que para apoiar ao trabalho dos “bombeiros”, o governo provincial havia importado uma bomba de incêndio, estando ela armazenada na igreja matriz, próxima de sua abertura ao culto. Exemplar dessa máquina (veja foto) encontra-se no Museu do CBMERJ (Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro).

Oito anos depois desse arremedo de instituição, o presidente José Paranaguá ousou implantar “um corpo especial de bombeiros”. Porém, os cofres públicos não suportavam a medida. Assim se manteve, até que a República veio modificar essa atuação.
Coube ao governador Eduardo Ribeiro (1892-96) implantar o serviço de extinção de incêndios como corporação militar, desse modo, pode-se indicar o primeiro comandante do Corpo – major João de Lemos, nomeado em 23 de fevereiro de 1893.
Em 1900, com a posse do governador Silvério Nery, esse serviço foi “terceirizado” com a implantação de bombeiros voluntários. No entanto, durou enquanto aquele Nery foi governador. seu sucessor e irmão, Constantino Nery, restabeleceu a organização. Então, com definhamento financeiro do Estado, o Corpo de Bombeiros correu de ceca e meca, ou seja, ora sob a égide do governo estadual, ora do municipal.

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE MANAUS
Comandante Ventura
Na metade do século passado, o Corpo de Bombeiros estava sob o controle da Prefeitura. Cada vez mais quebrado o orçamento do Município, o depauperado Corpo de Bombeiros municipais sofreu a ingerência dos voluntários do “comandante” José Antonio Dias Loureiro VENTURA, desaparecido em 1961 com a morte de seu fundador. Ventura era cidadão português, morador do bairro de Aparecida, e essa instituição funcionou em sua residência-indústria à rua comendador Alexandre Amorim, onde agora está erguido o Fórum.

Major Nicanor Gomes
A instalação do Governo Militar em 1964 trouxe novos recursos para o Estado, permitindo que as forças de segurança crescessem. A Prefeitura seguia administrando o serviço contra incêndios. No entanto, em 1970, em afortunada decisão do prefeito Paulo Nery, este entregou o comando do CBM ao então
tenente Nicanor Gomes da Silva, que acabara de se formar na Academia do então Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Trata-se do primeiro oficial bombeiro formado em academia do gênero. A entidade estava aquartelada na avenida Sete de Setembro, no Canto do Quintela, em prédio hoje em ruínas.

CORPO DE BOMBEIROS DA PMAM
Em 1972, o governo do Estado resolveu encampar este serviço. Havia duas alternativas: ou adotar nova organização ou transferir para o Estado o corpo existente, com pessoal e material. Foi esta a decisão. No início do ano seguinte, estava criado o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Amazonas.
Na semana da Pátria de 1974, já com viaturas importadas com benefícios da Zona Franca, foi inaugurado o novo quartel, no alto da rua Codajás, bairro de Petrópolis. Onde ainda se encontra. Sob a direção da PMAM, este serviço e afins durou até 1999, quando ocorreu o instalação do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, que segue altaneiro cumprindo seu dístico: Alienam vitam et bona salvare, ou Vida alheia e riquezas salvar!


Parabéns, homens e mulheres do Fogo.

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