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terça-feira, julho 02, 2019

DIA NACIONAL DO BOMBEIRO MILITAR


A escolha desta data provém do decreto baixado pelo imperador para a criação dos Bombeiros do Rio de Janeiro, então capital do império, em 1856.

Selo comemorativo
Além desta entidade militar, desejo destacar outra entidade: os Correios. Esta repartição ameaçada de desaparecimento, nos bons tempos produzia a revista COFI (Correio Filatélico), que era distribuída gratuitamente. Nela se encontrava os diversos assuntos estampados em selos e os de interesse dos colecionadores. A prometida desativação dos Correios já mandou para o arquivo essa produção.
No entanto, foi da revista circulada em julho/agosto de 1991 (Ano 15, nº 131) que compartilhei essa Homenagem ao Corpo de Bombeiros.  
Em geral a figura do Bombeiro é imediatamente associada a incêndios, mas este profissional está presente em nossa sociedade em vários outros momentos críticos, tais como nas enchentes, nos salvamentos de adultos, crianças e animais em risco de vida e até mesmo em contextos menos perigosos, em atividades de caráter social e comunitário. Demonstrando, sempre, muita coragem, firmeza e solidariedade.
2 de julho – Dia do Bombeiro Brasileiro. Nada mais justo que emitir nesta data o selo que presta homenagem ao Corpo de Bombeiros.Acompanhando a história dessa instituição no Rio de Janeiro, depreende-se a importância da tecnologia para uma eficiência cada vez maior de seus profissionais e verifica-se um alargamento na sua área de atuação.Com este histórico estende-se a todos os Corpos de Bombeiros do País o reconhecimento pelos serviços prestados. No dia 2 de julho de 1856, sua Majestade o Imperador D. Pedro II assinou o Decreto imperial nº 1775, que criou o Corpo Provisório de Bombeiros do Município da Corte, reunindo sob uma administração as diversas seções que até então existiam para o serviço de extinção de incêndio nos Arsenais de Guerra e Marinha, repartição de Obras Públicas e Casa  de Correção, seguindo-se, no dia 26 a nomeação do major do Corpo de Engenheiros João Batista de Castro Moraes Antas, que (...) organizou o Corpo de Bombeiros Provisório da Corte, ou seja, a cidade do Rio de Janeiro.

Vinte anos depois, a capital da província do Amazonas ganhava semelhante serviço, o de extinção de incêndios, igualmente reunindo sob a disciplina do diretor de Obras Públicas - Leovigildo Coelho - as ações de diversas repartições públicas.  

Em 11 de julho de 1876, o vice-presidente Nuno Pereira Cardoso baixava o Portaria nº 268-1ª Seção, mandando observar as instruções concernentes ao serviço. Sem caráter militar, assemelhava-se aos bombeiros voluntários. Tanto assim, que eram “convocados” à luta contra o fogo membros das corporações militares, tripulantes de navios surtos no porto e os aguadeiros. Estes, de importância capital, pois cabiam-lhes a condução de água, líquido que era vendido em toneis à população.
Outro componente bastante interessante, para nossos dias, era a utilização dos sinos das igrejas de Manaus. Havia um código de badaladas para indicar o local do incêndio, levando-se em consideração o tamanho da cidade, restrito ao que denominamos de Centro Histórico.
Para mais saber sobre o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, consultar Bombeiros do Amazonas (Manaus: Travessia, 2013), de minha autoria (foto). 

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