Rastreando a coleção de O
Jornal circulado há 50 anos, em busca da descrição do primeiro passo humano
na superfície lunar, esbarrei com dois anúncios bem simbólicos. Ao menos, para
mim.
O outro era o anúncio comercial
do Dr. Pythagoras Miranda, que cuidava de “doenças de senhoras”. Hoje, um
ginecologista. Seu consultório estava no Edifício Lobras, no ponto central da
cidade, então referência em Manaus. O endereço residencial – praça Ribeiro
Junior, 348 – 2º andar. Fone: 2-35-69.
Aqui se amarra meu simbolismo. Recém-casado,
eu morava no 3º andar do Edifício Lilac, ou seja, no andar de cima do
conceituado médico. A praça, existente atrás do quartel da Praça da Polícia,
desapareceu; o edifício, porém, segue no mesmo lugar, apenas alterou o nome e aceitou
algumas antenas de transmissão telefônica no teto.
Outro detalhe: cunhado de
Pythagoras, o major Nobre (José Antônio Ferreira), que foi comandante do 27 BC,
então aquartelado onde hoje está situado o Colégio Militar de Manaus, promoveu
(verdadeiro ou não) farta coletânea de causos, narrados por seus comandados. Em
especial, o soldado de ordem, que se abalava do quartel ao bairro de São
Raimundo, a fim de levar e trazer notícias da bem-amada do militar.
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