Capa do livro |
Julgava
ter esgotado as informações sobre a trajetória dos Bombeiros Militares em
Manaus, quando publiquei, em 2013, Bombeiros do Amazonas: retrospectiva
1876-1998. No entanto, dias desses, vasculhando o Arquivo Público, recolhi da Mensagem
governamental de 1952, rubricada pelo governador Álvaro Maia, o texto sobre o assunto.
Algumas
notas contidas na peça veem corroborar o quanto eu publicara no livro: como o
envio do tenente Edmundo Monteiro e o sargento Francisco Carneiro da Silva e
dois cabos ao Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. A ajuda da Comissão de
Estradas de Rodagem do Amazonas (CERA), depois Departamento, que findou como “Deram”.
Ajuda das Forças Armadas e do público no combate ao fogo. Enfim, o estado
falimentar dos Bombeiros Municipais.
CORPO DE BOMBEIROS
O CORPO DE BOMBEIROS,
entregue aos cuidados e pago pela Prefeitura, está praticamente extinto em
Manaus: restam os oficiais e algumas praças, estas em ocupações civis. Capital
de 100.000 habitantes, com usinas e bairros operários, onde avultam casas de madeira
e palha, precisa reorganizar urgentemente o seu CORPO DE BOMBEIROS, ora sem maquinários,
sem mangueiras, sem quartel apropriado.
Pretende o Governo comissionar
dois oficiais para estudarem, no Rio ou qualquer cidade mais próxima, a organização
moderna do CORPO DE BOMBEIROS; já iniciou entendimentos preliminares com as
companhias de seguro contra o fogo; autorizou, por medida de emergência e pelas
dificuldades financeiras do Estado e da Prefeitura, a aquisição de três máquinas
extintoras, pagas pela Comissão de Estradas de Rodagem [Cera], para seu serviço
e auxílio em qualquer emergência.
Em dois grandes
incêndios, que devoraram casas comerciais às ruas Marcílio Dias e Henrique Martins,
conseguiu-se debelar o fogo, após enormes prejuízos, mediante conjugação de esforços
das Forças do Exército e Polícia, da Guarda Civil, das mangueiras da Manáos Harbour
e de populares.
O último e mais
pavoroso incêndio ocorrido em Manaus, o de maiores proporções e o que produziu
mais vultuosos prejuízos, foi, sem nenhuma dúvida, que aconteceu no bairro de
Constantinópolis [atual Educandos].
Nenhum comentário:
Postar um comentário