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quarta-feira, fevereiro 19, 2020

CORPO DE BOMBEIROS MUNICIPAIS (1952)

Capa do livro

Julgava ter esgotado as informações sobre a trajetória dos Bombeiros Militares em Manaus, quando publiquei, em 2013, Bombeiros do Amazonas: retrospectiva 1876-1998. No entanto, dias desses, vasculhando o Arquivo Público, recolhi da Mensagem governamental de 1952, rubricada pelo governador Álvaro Maia, o texto sobre o assunto.
Algumas notas contidas na peça veem corroborar o quanto eu publicara no livro: como o envio do tenente Edmundo Monteiro e o sargento Francisco Carneiro da Silva e dois cabos ao Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. A ajuda da Comissão de Estradas de Rodagem do Amazonas (CERA), depois Departamento, que findou como “Deram”. Ajuda das Forças Armadas e do público no combate ao fogo. Enfim, o estado falimentar dos Bombeiros Municipais.

CORPO DE BOMBEIROS

O CORPO DE BOMBEIROS, entregue aos cuidados e pago pela Prefeitura, está praticamente extinto em Manaus: restam os oficiais e algumas praças, estas em ocupações civis. Capital de 100.000 habitantes, com usinas e bairros operários, onde avultam casas de madeira e palha, precisa reorganizar urgentemente o seu CORPO DE BOMBEIROS, ora sem maquinários, sem mangueiras, sem quartel apropriado.
Pretende o Governo comissionar dois oficiais para estudarem, no Rio ou qualquer cidade mais próxima, a organização moderna do CORPO DE BOMBEIROS; já iniciou entendimentos preliminares com as companhias de seguro contra o fogo; autorizou, por medida de emergência e pelas dificuldades financeiras do Estado e da Prefeitura, a aquisição de três máquinas extintoras, pagas pela Comissão de Estradas de Rodagem [Cera], para seu serviço e auxílio em qualquer emergência.
Em dois grandes incêndios, que devoraram casas comerciais às ruas Marcílio Dias e Henrique Martins, conseguiu-se debelar o fogo, após enormes prejuízos, mediante conjugação de esforços das Forças do Exército e Polícia, da Guarda Civil, das mangueiras da Manáos Harbour e de populares.
O último e mais pavoroso incêndio ocorrido em Manaus, o de maiores proporções e o que produziu mais vultuosos prejuízos, foi, sem nenhuma dúvida, que aconteceu no bairro de Constantinópolis [atual Educandos].  

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