A
mensagem governamental lida na abertura da Assembleia Legislativa, em 1964,
traz a chancela de Plínio Ramos Coelho. Tratou-se de sua derradeira mensagem a
esse Poder, pois, em março desse ano, os militares estabeleceram seu Governo (ou,
se desejar, ditadura) e, em junho, cassaram o mandato deste governador.
Plínio Ramos Coelho |
Mas
há muito publicado, há bastante que se ler sobre sua trajetória na política do
Amazonas. Talvez não exista uma compilação desse material, de sorte que o Ganso
do Capitólio, seu epíteto mais conhecido, tenha registrada sua consagrada presença
no Palácio Rio Negro.
Na
aludida mensagem governamental, Plínio Coelho dá-nos notícia do projeto de
criação da Secretaria de Segurança Pública, fato que somente veio acontecer
em 1970.
SECRETARIA DE
SEGURANÇA PÚBLICA
Houve por bem Vossa
Excelência, através de decreto publicado no Diário Oficial de 30 de julho
último, designar o prof. Aderson Andrade de Menezes, Procurador Jurídico do
Estado, bacharelando Sileno Kleber Máximo da Silva, diretor do DASPA [Departamento
de Administrativo do Serviço Público do Amazonas], e o signatário do presente
[secretário do Interior e Justiça], sob nossa presidência, para compormos
comissão incumbida de estudar e oferecer sugestões sobre a criação de uma
Secretaria de Estado destinada a superintender e centralizar os negócios
atinentes a Segurança Pública, tomando por base o projeto do deputado José Bernardo
Cabral, apresentado à douta Assembleia Legislativa do Estado.
A comissão foi
instalada e desenvolveu apurado estudo do referido projeto, analisando-o em
todos os seus aspectos.
Caricatura do governador |
Através do Of.
G-SIJ 1339/63, de 6 de novembro último [1963], a citada comissão considerando que o projeto elaborado pelo deputado José
Bernardo Cabral excedia de muito a realizada (sic) policial de nosso Estado, tornando-se
de difícil aplicação, pois acarretaria nos moldes idealizados pelo mencionado
parlamentar, opinou pelo reconhecimento da inaplicabilidade do projeto do
deputado.
Nossa opinião não
ficou isolada.
A Assembleia
Legislativa do Estado, segundo noticiário da imprensa, rejeitou por unanimidade
o referido projeto de Lei.
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