Fragmento de impresso distribuído na inauguração da praça |
Mais uma praça que passa ao cargo da SEC que, decisivamente,
será conservada. A prefeitura de Manaus com estranheza conserva apenas a Praça
da Saudade, porque me parece custou o esforço da atual administração. As demais
vão se “fulecar” (de fuleco, o tatu-mascote da Fifa para a Copa 2014).
Mas, de regresso à praça do Congresso, alcunhada dessa
maneira a partir de 1942, quando ali foi realizado as cerimonias mais destacadas
do 1º Congresso Eucarístico de Manaus, obra de Dom João da Mata, bispo do
Amazonas. A festa de inauguração foi importante pelas luzes, pelo colorido dos fogos,
pela árvore de Natal e seu vistoso Papai Noel. Não devendo esquecer as bancas
de livros usados (sebo).
Serviu igualmente para relembrar a figura de seu patrono
oficial, refiro-me ao ex-governador Antônio Bittencourt que,neste dezembro, completa o centenário de seu governo, de
modo lamentável, uma administração sempre lembrada pelos atropelos
cometidos.
O impresso distribuído pela SEC conta um pouco desse
governo. Esqueceu-se de registrar o fato acontecido em 22 de dezembro, quando
oficiais da Polícia Militar do Estado, mancomunados com políticos adversários de
Bittencourt, promoverão uma rebelião no Estado.
Nesse dia, os amotinados depuseram o comandante, coronel
Pedro José de Souza, assumindo o Quartel da Praça da Polícia. Em seguida, constituíram
um triunvirato, sob as ordens do coronel Onofre Cidade, que marchou sobre o
Palácio do Governador, instalado na Praça de Dom Pedro II, o antigo Paço da
Liberdade, sede da prefeitura de Manaus.
O governador Bittencourt desertou, segundo alegou, temeroso
por sua vida e de seus familiares. Convocado o vice-governador, desembargador Sá
Peixoto, também este seguiu o mesmo caminho. Assim, coube a essa Junta assumir
o governo do Amazonas que durou 48 horas de turbulências.
O acontecimento inusitado pode parecer lenda urbana, todavia,
encontra-se registrado em jornais e no Diário Oficial do Estado. E, a mestra
Etelvina Garcia, ao inventariar os governadores de nosso Estado, registra o triunvirato
(coronel José Onofre Cidade, majores João Fragoso Monteiro e Amâncio Clementino
Fernandes) na condição de governantes.
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