CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

domingo, julho 01, 2012

Aposentado, e de férias

Bilhetes de passagem, preenchidos a mão (abaixo) e na
impressora matricial 
Perdão pela minha indesculpável falha. Uma semana longe deste pedação. Mas, peço clemência àqueles que abriram esta página em busca de alguma coisa. Em especial, a atualização diária que "esqueci” a partir de quando tomei um GOL no Norte e, para desembarcar na Paraíba, gramei no Galeão uma “conexão” de três horas.

Viajantes de voo noturno, saímos (viajo com a mulher e a filha infante) de casa às duas da manhã e alcançamos o hotel Ouro Branco, em João Pessoa (PB), às dezesseis horas. Portanto, se a conta é simples, o resultado é cansativo. A viagem concedeu-me algumas descobertas. Ao menos, penso assim.

Primeira descoberta: as condições impressas no “bilhete de passagem” não condizem com a realidade. Após o governo ter apertado as companhias aéreas no quesito da pontualidade, e a Anac, na informação de atraso, há uma escamoteação dos dados.

Explico: no impresso emitido no balcão de passageiros, para a viagem entre Manaus e Rio, havia a indicação de cinco horas de voo (saída 4h10 e chegada 9h15, contado o fuso horário). Tao logo a aeronave iniciou o trajeto, somos informados de que o tempo de voo será de três horas e meia. E assim ocorreu. Dessa maneira, nenhum avião terá atraso registrado.

A mesma informação cabia no trecho entre Rio e João Pessoa (PB). Saída as 12h25 e chegada 15h25, no entanto, a viagem foi realizada em duas horas e meia. Haja embromação.

Na parada do Galeão, tive tempo para muitas coisas. Uma delas, conferir os preços dos estabelecimentos de alimentos. A mudança de portão para o embarque, realizada às pressas; a maneira apressada de anunciar o embarque realizada por funcionários das empresas; o costume de passageiros de formar uma fila tão logo é anunciado o embarque, nesse dia, para mim demorou uns bons quinze minutos;  e a disputa pelas poltronas, marcadas desde antes.

Tive ainda espaço para lembrar os tempos em que a aquisição e o voo eram realizados sem tantos atropelos. O bilhete de passagem era preenchido a mão. Isso mesmo. Veja a ilustração. Qual um livreto, o bilhete era composto de várias páginas de cores diferentes; e para cada trecho, uma folha. Daí o cuidado na viagem, pois se um agente de aeroporto sacasse uma folha diferente ou mais que essa, o transtorno seria respeitável.

Duas empresas do ramo já desaparecidas: a própria VASP e
a agência Danubio Turismo (abaixo)


Hoje, nem bilhete existe. Existe um código com localizador, que pode ser alcançado e armazenado pelo celular. No entanto, qualquer mudança (de horário, de dia e outros detalhes mais) acarreta a cobrança de multa. Ao viajar hoje, a gente tem que consultar não somente o bolso ou as milhas, mas igualmente os astros, a meteorologia e outros possíveis empecilhos.

Novo lembrete deve preocupar os passageiros da GOL: o farnel com o lanche. Porque diverso de tempos passados, quando a gente se refastelava a bordo com comida e bebida reforçadas, agora o combo (sanduiche+bebida fria ou quente+acompanhamento) da GOL custa R$20. Meu amigo Zemaria Pinto que experimentou o cardápio, desaprovou. Eu optei por carregar meu kit alimentação.

Outra embromação é o hotel. Conto sobre isso, a seguir.

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