Francisca Lima, Foto Alemã, 1941 |
Confirmei no Atestado de Óbito a data: é dezoito de julho. Não importa. É apenas um dia. O que importa é que a tua excelente crônica me tocou. O teu relato preciso, era por mim desconhecido em vários pormenores, e me trouxe de volta uma reflexão incomum. Confesso que tenho pensado muito nela, e mais ainda, tenho derramado algumas lágrimas, mormente na data do meu aniversário. Fico imaginando, se ela tivesse a sorte de meu pai, ainda poderia me abraçar nesses dias. Sou um órfão assumido e carente, talvez por causa da idade em que nos separamos, ela na melhor fase do amadurecimento e eu, do acalanto.
Tenho escrito algumas crônicas como te falei, e nesses textos, quando o assunto requer, inconsciente, envolvo minha mãe no contexto. Neste momento em que estou redigindo, meus olhos marejam. É o infausto da vida, são as trapaças da sorte. Infelizmente temos que respeitar os desígnios de Deus, aceitar os caminhos traçados para o nosso porvir. Felizmente estamos dando continuidade à sua saga, a sua história, tão curta e dura.
Mano, obrigado pelo texto. Agradeço as palavras de carinho com que me envolveste. Agradeço também o sentimento fraterno que sempre existiu entre nós. Louvado seja nossa mãe.
ORAÇÃO À D. FRANCISCA
Francisca Pereira Lima, 1943 |
Que na sua curta história, pode demonstrar com naturalidade o exemplo de fé e perseverança, não se desesperando em angustia, mesmo na hora da morte.
Que partiste cedo dessa vida terrena, nos deixando órfão de afago, mas não de amor. E estais ao nosso lado, desde então, a nos fornecer energia e fé, para nos conduzir nos nossos caminhos.
Mãe, vós que tomaste o exemplo de Jesus, para deixar como símbolos para nossas vidas: o amor, a dedicação, a perseverança e a resignação.
Renato Mendonça, carteira da UESA |
Amém.
Niterói (RJ), em 18.07.2004
Renato Mendonça
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