Hugo Bellard, na orelha de seu romance |
Hugo Bellard, assim
mesmo, diminuto, trazendo apenas o sobrenome paterno (creio eu) e de inspiração
estrangeira. O reduzido verbete até
então conhecido provinha de uma antologia da década de 1960 e de providências
junto ao Banco do Brasil, empregador do “verbetado”.
A partir dessas ralas
anotações, recorri à internet. Nessas páginas, recolhi um pouco mais. Antes da
pesquisa, porém, sabedor de que nascera em Urucará (AM), em 1914, fui ao Pedro
Fallabela, que fora prefeito daquele município por alguns mandatos. Ele ficou
surpreendido, nunca ouvira falar em tal sobrenome, por isso prossegue junto ao
cartório local buscando a certidão de nascimento.
A pesquisa
virtual ofereceu-me dele três dados: onde alcançar os livros publicados; sua
permanência no Rio de Janeiro, onde morreu em 1989, e a existência de um filho
homônimo.
Capa de livro, editado em Manaus |
Quanto à
bibliografia ativa, Bellard publicou em Manaus, em 1948-49, dois poemas épicos
(Ajuricaba, o guerreiro manau; e A segunda visão de Tiradentes). Com essa
dupla apresentação e a amizade com os patriarcas da Academia de Letras local,
nesta ingressou em 1950. Logo depois estava no Rio, de onde não mais se
ausentou. Nesta cidade publicou Angústia,
sonho e pecado, poesias (1952) e o romance As mulheres dos outros (1954).
Li o romance. Na
orelha desta obra há o resumo da permanência do autor em Manaus. Assegura ter nascido
em Urucará, “vilota perdida no seio da floresta, à margem de um remoto paraná
do estado do Amazonas”, por acidente, ainda não revelado. A certidão cartorial pode revelar esse
detalhe. Enfim, Bellard aproveita-se do romance para efetuar acanhada autobiografia.
Sobre o livro de poesias, vou postar a seguir uma apreciação do crítico Arthur
Engrácio.
Capa do último livro de poesia |
Sou sabedor que
existe no panorama musical outro Hugo Bellard, certamente filho do finado.
Musicista que, segundo o site de sua administração, tem acompanhado os grandes
nomes da MPB e em nossos dias segue fazendo arranjos e outras intervenções
afins. Acredito que o músico nasceu em Manaus, em 1949.
Se você souber
algo mais sobre o amazonense Bellard, envie-me com brevidade, que o dicionário do acadêmico Almir Diniz agradece.
GOSTARIA DE SABER O NOME DA ESPOSA DE HUGO BELIARD
ResponderExcluirRaimunda Lima Bellard
ExcluirOlá, Roberto. Sou neto do Hugo Bellard. Obrigado pela sua pesquisa e por essa página dedicada a ele.
ExcluirCaro Cel. Roberto, encontrei menção a H. Bellard na p. 8 do jornal O Malho, n. 111 de abril de 1949. http://memoria.bn.br/pdf/116300/per116300_1949_00111.pdf
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