Sobre a matéria, ontem, A Crítica divulgou duas notas antagônicas. O editorial conclamava que
“isso não deve ser feito ao sabor do revanchismo”. Logo abaixo, a coluna sim&não, tratando da presença de
moradores de Presidente Figueiredo na solenidade de instalação da comissão
local, reproduz palavras do coordenador presidencial: “A presença é boa, mas
esse nome tem que mudar”. Referia-se ao último presidente do governo militar –
João Batista Figueiredo.
Claro revanchismo, pois, se as prefeituras seguirem esse
conceito, quantos largos, ruas, avenidas, parques em homenagem ao ditador
Vargas serão substituídos?
João Batista Figueiredo |
Bem a propósito: certa ocasião, escrevi sobre o topônimo
do município das cachoeiras (Listas amarelas, cartão vermelho, A Crítica, 6 fev. 1994), explicando que a
homenagem não cabia ao primeiro presidente da província do Amazonas (João
Baptista Figueiredo Tenreiro Aranha), identificado na história amazonense pelo
derradeiro sobrenome, cuja estátua adorna a praça da Saudade. A homenagem cabe,
sim, ao último presidente do governo ou ditadura ou golpe militar.
A expressão do coordenador do Projeto Direito à Memória e à Verdade da presidência da República
abona a minha notificação, que até hoje em nada foi levada a sério.
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