CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

sexta-feira, maio 01, 2020

MORTE DO PROFESSOR OSVALDO

Morreu hoje Osvaldo Gomes Coelho, professor aposentado da Ufam (Universidade Federal do Amazonas). Não sei se a causa mortis está relacionada com a coronavírus. De qualquer motivo, ele deixou a comunidade acadêmica bastante tristonha, este sentimento recolhi dos registros nas redes sociais.
Osvaldo está no centro. De pé, dr.
André Araujo e Origenes Martins.
Agachados, Cristovão Alencar
(procurador estadual) e padre
Sebastião Puga (à dir.) Foto
realizada no Seminário, em 1957
Ao saber desse fato, lembrei-me do velho colega do Seminário São José, então localizado na rua Emilio Moreira esquina da rua Ramos Ferreira, onde, quando este fechou as portas, funcionou o ICHL (Instituto de Ciências Humanas e Letras).
Ingressei neste estabelecimento religioso em 1956, possuía dez anos de idade. Foi uma dureza aguentar aquele regime. De mais idade, Osvaldo já era veterano, vindo de Tefé junto com outros colegas. Estudava Filosofia no Seminário Maior, de sorte que exercia uma liderança sobre os novatos. Dotado de boa conversa e um sorriso peculiar, com estes requisitos conduzia sua turma, com a qual conversava e, lembro vagamente, para estimular esse contato criou uma “academia” de modelo grego. Não era ligado ao esporte.

Não ficou muito tempo no Seminário, de repente deixou a casa, e nós nos separamos. Acabei na Polícia Militar do Amazonas, ele, na Universidade Federal. Integrante do Partido dos Trabalhadores, quando foi candidato a governador, tivemos uma conversa, ocasião em que me “convidou” para dirigir a seção militar do Palácio Rio Negro. Se ele vencesse, porém, não venceu.
A última conversa com o professor ocorreu ano passado, quando o Projeto Jaraqui coordenou uma homenagem ao padre-poeta L. Ruas, que tanto foi meu professor quanto do Osvaldo Coelho.

Como se aprendeu no Seminário: requiescat in pace.

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