Morreu hoje Osvaldo Gomes Coelho, professor
aposentado da Ufam (Universidade Federal do Amazonas). Não sei se a causa mortis
está relacionada com a coronavírus. De qualquer motivo, ele deixou a comunidade
acadêmica bastante tristonha, este sentimento recolhi dos registros nas redes
sociais.
Osvaldo está no centro. De pé, dr. André Araujo e Origenes Martins. Agachados, Cristovão Alencar (procurador estadual) e padre Sebastião Puga (à dir.) Foto realizada no Seminário, em 1957 |
Ao saber desse fato, lembrei-me do
velho colega do Seminário São José, então localizado na rua Emilio Moreira
esquina da rua Ramos Ferreira, onde, quando este fechou as portas, funcionou o
ICHL (Instituto de Ciências Humanas e Letras).
Ingressei neste estabelecimento
religioso em 1956, possuía dez anos de idade. Foi uma dureza aguentar aquele
regime. De mais idade, Osvaldo já era veterano, vindo de Tefé junto com outros
colegas. Estudava Filosofia no Seminário Maior, de sorte que exercia uma
liderança sobre os novatos. Dotado de boa conversa e um sorriso peculiar, com
estes requisitos conduzia sua turma, com a qual conversava e, lembro vagamente,
para estimular esse contato criou uma “academia” de modelo grego. Não era
ligado ao esporte.
Não ficou muito tempo no Seminário,
de repente deixou a casa, e nós nos separamos. Acabei na Polícia Militar do
Amazonas, ele, na Universidade Federal. Integrante do Partido dos
Trabalhadores, quando foi candidato a governador, tivemos uma conversa, ocasião
em que me “convidou” para dirigir a seção militar do Palácio Rio Negro. Se ele
vencesse, porém, não venceu.
A última conversa com o professor ocorreu
ano passado, quando o Projeto Jaraqui coordenou uma homenagem ao
padre-poeta L. Ruas, que tanto foi meu professor quanto do Osvaldo Coelho.
Como se aprendeu no Seminário: requiescat
in pace.
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