A revista de uma organização, originada na caserna, oportuniza a
divulgação de material educativo e dos feitos gerados pela corporação. E mais, permite
aos subordinados a oportunidade de exercitar suas tendências literárias. As raras
circuladas na Polícia Miliar do Amazonas (PMAM), ainda que eu tenha participado
com textos, serviram mesmo para os caças níqueis dos “editores”. Tanto que nunca
tiveram uma sequência ordenada, com título registrado e outras exigências legais.
Era a improvisação.
Refiro-me exclusivamente a PMAM, posto que existem corporações policiais
militares que possuem revista de categoria, de respeito.
Quero escrever dois parágrafos sobre duas revistas comigo arquivadas. Labaredas,
pioneira no Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, quando do comando do
coronel Alcantara Marinho. Durou “enquanto Brás foi tesoureiro”. Conheci alguns
números, como o nº 1 (trimestral) do Ano VII, ano de 2005. Possuía boa
apresentação e material adequado à instrução e história do Corpo, como confirma
a entrevista aqui compartilhada.
No Corpo de Bombeiros do Pará alcancei a Salamandra, em formato
de revista, porém um Informativo. Recolhi o nº 44 (bimestral), circulado em
2013. Desconheço sua vivência. À época, como escrevia sobre a Banda de Música,
compartilhei o texto sobre o Dia da Música, que vai abaixo.
Coronel Antonio Dias, que não prosseguiu com a Revista |
A Diretoria de
Ensino Instrução e Pesquisa (DEIP), do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas
tem novo diretor. Há aproximadamente três meses, o coronel Dias está à frente
da Deip. Em entrevista à Revista Labaredas, ele fala sobre esse novo
desafio em sua carreira, seus planos e como andam os treinamentos e instruções
realizadas por esta diretoria.
Labaredas: Qual
é a função da Deip no Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas? Coronel Dias
- A Deip é responsável pelo ensino da corporação, isso no tocante à parte
estratégica. Aqui são planejados os cursos, treinamentos, palestras como também
as pesquisas.
Labaredas: Como
são feitas as operações que a Deip participa? Ela trabalha junto a mais alguma
instituição pública? Dias - É o CBC que planeja as operações que vão ser
realizadas nos eventos da cidade como arraiais, jogos, shows, cobertura nos
balneários de grande movimentação e os grandes eventos realizados tanto pelo
Governo do Estado como pela Prefeitura Municipal. Isso tudo juntamente com a Deip
e os demais órgãos de segurança do Estado como Polícia Militar, Secretaria de
Segurança Pública, Detran e a Polícia Civil.
Labaredas: Quais
são os cursos que a Deip já realizou? Dias - A Diretoria de Ensino juntamente com o
seu braço operacional que é a Esbom (Escola de Bombeiros), já realizou aqui
vários cursos, dentre os quais. o curso de sargento motorista, curso de
sargento combatente, curso de cabos combatentes e formação de soldados.
Labaredas: Quanto
tempo leva para a formação de um futuro bombeiro? Dias - A formação obedece
a um plano de curso que depende da especialização escolhida e da carga horária.
Isso tudo é que vai determinar a duração do curso. Um curso normal de soldado
bombeiro tem aproximadamente seis meses de duração.
Labaredas:
Quais as atividades desenvolvidas dentro de um curso para formação de um
soldado bombeiro? Dias - O Proma que
é um programa de matérias, define as atividades que vão ser aplicadas durante o
curso. Os futuros soldados bombeiros aprendem no seu treinamento a lidar com
situações que vão enfrentar no seu dia a dia.
Recorte sobre o Dia da Música (Salamandra citada) |
22 de novembro: Dia da Música,
por quê?
Em 1° de fevereiro de 1932, o
então presidente da República, Getúlio Vargas, considerando os sentimentos
cristãos e artísticos do povo brasileiro, baixou o decreto 21.011, ainda em
vigor, com um único artigo: O dia 22 de novembro fica considerado o Dia da
Música; devendo ser comemorado pelas bandas de música militares e, bem
assim, nos estabelecimentos de ensino oficial, sem prejuízo dos trabalhos
escolares:
O Dia da Música foi criado em
função dessa data ser consagrada a Santa Cecília, "Padroeira Internacional
dos Músicos", a quem os católicos brasileiros dedicam fervorosa devoção.
Conta-se que Cecília, de nobre família romana, embora vivendo num ambiente
pagão, cedo recebeu de Deus a graça de ter conhecido a religião cristã e fez
voto de castidade. Mas sem que a filha o soubesse, seus pais a prometeram em
casamento ao jovem patrício Valeriano, que era pagão.
Na noite das bodas, após a festa,
Cecília falou a Valeriano que havia feito o voto e estava sob a proteção de um
anjo. O jovem ficou impressionado, prometeu respeitar o voto de Cecília e se
pudesse ver também o anjo, se tornaria cristão. Cecília orou, o anjo apareceu,
e Valeriano se converteu. Foi encaminhado ao Papa Urbano, que acolheu o jovem,
instruindo-o e, em seguida, administrou-lhe o batismo. Valeriano relatou o
ocorrido a seu irmão Tibúrcio que também se fez cristão e pôde ver o anjo de
que tinham falado Cecilia e Valeriano.
O prefeito de Roma, Almáqui,
sabendo da conversão dos dois irmãos ao cristianismo, denunciou-os, juntamente
com Cecília, perante o tribunal, exigindo que abandonassem a fé cristã sob pena
de morte.
Os dois foram logo executados e
Cecília enfrentou torturas para negar sua fé, mas protegida pelo anjo, cada vez
resistia mais. Foi, por conseguinte, decretada a pena de decapitação.
Cecília se entregou ao algoz
cantando, daí sua ligação com a música. Três golpes vibrou o algoz sem conseguir
decapitá-la. Cecília só morreria três dias depois. Foi sepultada nas catacumbas
de São Calixto, perto da Via Ápia. O corpo da Santa ficou muito tempo
escondido. Uma aparição dela ao papa Pascoal I (817-824) revelou o local da
sepultura. Num caixão de cipreste seu corpo foi encontrado intacto, ao lado dos
corpos de Valeriano e Tibúrcio.
Em 1599, por ordem do cardeal Sfrondati
foi reaberto o túmulo da Santa e o corpo continuava incorruptível. O escultor
Stefano Maderna que assim o viu, produziu em finíssimo mármore em tamanho
natural a sua imagem.
A partir do século XV, Santa
Cecília é considerada Padroeira dos Músicos.
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