Diz respeito a um presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, dos primeiros momentos da República.
JOAQUIM DE ALBUQUERQUE SEREJO
Nasceu na província do
Maranhão, em 24 de julho de 1864, filho de João Policarpo Serejo e de Maria de
Jesus Albuquerque Serejo. Foi batizado no ano seguinte, em 20 de janeiro. Consolidou
os estudos secundários na sua cidade natal, depois do que seguiu para a Corte.
Teve
praça como aspirante a Guarda Marinha, em 4 de março de 1882, aos 18 anos, tendo
concluído o curso em 25 de novembro de 1884. Em seguida, a promoção ao posto
inicial da Armada – segundo tenente, em 24 de setembro de 1886. Em cumprimento ao
regulamento naval, foi nomeado para integrar a guarnição de diversos navios da
Marinha. Com serviço prestado tanto no país quanto no exterior.
Em
8 de março de 1890, no alvorecer da República, foi promovido ao posto de primeiro
tenente. Nesta condição, por Aviso de 29 de janeiro de 1892, foi nomeado para o
Aviso fluvial Tefé, sediado na Flotilha do Amazonas. Para assumir o encargo, Serejo
embarcou, em 1º de fevereiro de 1892, no vapor Maranhão com destino a Manaus.
Aqui
desembarcou a 25, sendo nomeado para o Aviso “Tocantins”. Servindo na guarnição
local, Serejo foi promovido ao posto de capitão-tenente, em 9 de agosto de
1894. Permaneceu na área, onde operou em outros navios da Marinha, até sua eleição
para o Congresso Estadual. Deixou o comando da canhoneira “Araripe”, ao tomar
posse no Legislativo, em 10 de julho de 1895.
Na
mesma legislatura, que se estendeu por três anos até 1898, foi eleito
presidente da Assembleia Legislativa. Convém assinalar que exercia o governo do
Estado, Eduardo Gonçalves Ribeiro, tenente do Exército. Também é aconselhável
recordar a eleição do sucessor de Eduardo Ribeiro, o tenente Fileto Pires, em
uma articulação política que passou à história do Amazonas pela alcunha sugestiva
de “Congresso Foguetão”. Serviu no Estado, ao tempo em que os oficiais das
Forças Armadas, especialmente os capitães e tenentes, ocupavam os lugares de destaque
da administração amazonense. Serejo soube aproveitar a oportunidade.
Consta no Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930) Rio: editora FGV, que Serejo foi unicamente deputado federal pelo Amazonas, no período de 1897 a 1902. Não me parece consistente esta informação, estou em diligências para assegurar o verdadeiro.
Retornou
ao serviço ativo da Marinha, ao deixar o Poder Legislativo. Assim é que, segundo
normas da época, seguiu sendo promovido. Ao posto de capitão-de-fragata, em 15
de maio de 1909, ocasião em que passou a residir na cidade do Rio de Janeiro. Nesta
guarnição desempenhou diversas comissões, destacando-se as de comandante de vários
navios da Esquadra e a de vice-diretor da Escola Naval. Finalmente, alcançou o posto de contra-almirante,
em 22 de janeiro de 1920, sendo reformado no posto imediato, contando mais de
39 anos de serviço, em 7 de junho do mesmo ano.
Faleceu
em sua residência, na capital da República, em 3 de junho de 1943, às vésperas
de completar seu octogésimo aniversário
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