Hoje, no feriado de Tiradentes, a cidade de Brasília e o Zemanuel (meu irmão) entram na década dos sessentanos.
Torre de TV Brasília |
Quando a Capital Federal foi inaugurada, estava eu internado em colégio religioso de Manaus. Conheci o fato pelas notícias difundidas pelos jornais e rádios da cidade. Afinal, que me dizia a troca da sede do governo? Dois anos depois, creio, como leitor ávido de jornais, fui cutucado por um anúncio que prometia ao acertador um lote em Brasília. Para isso, bastava descobrir o “animal” escondido no desenho apresentado (artimanha ainda circulante). Todo empolgado, grifei o desafio e o enviei para a caixa postal. Dias depois, recebi a resposta vitoriosa, porém, com o valor a pagar. Lembro que meu pai fez divulgar na Voz de Constantinópolis esse mico. Foi quando o “animal” aqui, depois de alertado do golpe, abandonou o lote.
Somente em 1967, inaugurei a
cidade de JK, ao efetuar a conexão na primeira viagem aérea com destino ao Rio.
Retornei no final desse ano, em nova conexão. No ano seguinte, de fato senti a
cidade, ao efetuar uma viagem a São Paulo parei em Brasília, de onde segui de ônibus.
Era julho, e a repressão do governo militar apertava. A Universidade de Brasília
fora tomada pelos estudantes.
Ao retornar de São Paulo, abriguei-me
no quartel da PM/Distrito Federal. E, ao encontrar a tropa de prontidão,
desconfiei de ter entrado em outra fria. Assim, logo na manhã seguinte, fui
mandado para o aeroporto apesar de viajar somente à tarde, porque a PM partiu
para resgatar a UnB. O resto da história é notória.
Retornei repetidas vezes àquela
cidade como oficial da Polícia Militar do Amazonas. Porém, à época da
Constituinte, em 1987-88, fui nomeado consultor parlamentar da corporação. Esse
título pomposo me fez circular entre Manaus e Brasília com mais constância.
Também à época, meus filhos migraram para Brasília, onde se estabeleceram.
Aparecem cinco netos, o primeiro é amazonense, os demais nascidos em Brasília (foto 2018) |
Há alguns anos aposentado,
tenho anualmente visitado a capital do país, a fim de abraçar as filhas (Valeria
e Gabriela) e os netos. Em nome dos netos brasilienses – Emanuelle, Rafaela,
Caio e Gabriel – reverencio os 60 anos de Brasília.
Zemanuel Mendoza é
meu irmão, um ano mais idoso que Brasília. Pertence ao segundo casamento de
nosso pai Mendoza, tendo nascido no bairro de Educandos, no mesmo ano em que
mudamos para o Morro da Liberdade. Mais adiante, na década de 1970, a família migrou
para Santos (SP), onde ele estudou e ingressou na Petrobras.
Retornou a Manaus por birra
do seu Mendoza, que recambiou a família, em 1980. Aqui assentou o trabalho e
segue desfrutando da vida, ainda trabalhando. Abraços, meu irmão. Saúde e fique
em casa. Depois comemoramos.
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