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sexta-feira, abril 17, 2020

ADERSON DE MENEZES (1919-1970)


Há cinquenta anos, em 17 de abril, vítima de acidente de trânsito no interior do campus da Universidade de Brasília (UnB), morreu o Dr. Aderson Andrade de Menezes.



Reitor Aderson de Menezes

Como todo acidente, também este acarretou desesperança à família, aos numerosos irmãos Menezes, que viam no filho mais velho do seu Tude e dona Santinha Menezes a consagração universitária, entre outros galardões.
Quando ingressei no ensino superior, em 1969, Aderson era professor da disciplina Teoria Geral do Estado, na Faculdade de Direito do Amazonas, já tendo publicado o livro com mesmo título (Rio: Forense, 1960) para melhor encaminhamento de seus alunos. Esteve sempre ligado ao campo da Justiça, visto que, ao alcançar o bacharelado de Direito (1943), ocupou diversas funções conexas: delegado de Polícia, diretor da Penitenciária do Estado, chefe de Polícia e juiz substituto de comarca de Manaus.

Em hora circunstancial esteve no campo político, na condição de deputado constituinte, após a ditadura de Vargas. Todavia, foi no campo do Direito que ocorreu sua maior contribuição ao Estado e onde obteve aplaudidos êxitos. O mais respeitável colheu quando da reimplantação da universidade, recriada em forma de fundação, daí se encontrar a designação de FUA (Fundação Universidade do Amazonas). Quando da instalação desta, foi escolhido para o cargo maior, tornando-se, portanto, o primeiro Reitor desta nova Escola Superior, atual Ufam (Universidade Federal do Amazonas).
Convém registrar a admissão do autor de História da Faculdade de Direito do Amazonas (1959) na Academia Amazonense de Letras. Eleito em outubro de 1955, foi empossado um ano depois, em novembro, assumindo a Cadeira 4, que tem como patrono Silvio Romero, saudado por Aristophano Antony, na presidência de Waldemar Pedrosa.

Seu crescimento no magistério, alicerçado com o desempenho administrativo, proporcionou-lhe o convite para lecionar na Universidade de Brasília, para onde se mudou. E caminhava aos 51 anos de idade para acender ainda mais. No entanto, seu caminho foi eliminado por um “guardador de carro”, dirigindo um dos veículos estacionados, ocasião em que atropelou o professor Aderson de Menezes, que não resistiu ao acidente a despeito dos cuidados médicos.

Armando de Menezes prontamente se deslocou à Capital Federal para o apoio à família e, mais que isso, para a busca incessante pela recuperação de seu irmão. Objetivo que, infelizmente, não foi alcançado, restando-lhe velar o morto. Quase trinta anos depois, Armando, em reverência à trajetória do irmão, publicou uma biografia: Aderson de Menezes: o professor (1997).

Feito o registro. 
Nota circulada no Jornal do Commercio, 27 novembro 1956


4 comentários:

  1. Em que ano o Dr Aderson de Menezes mudou de Manaus para Brasília?

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    1. Acredito que no mesmo ano de sua morte, pois fui seu aluno em Manaus, em 1969.

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  2. Sou sobrinho neto dele. Sou professor da UFAM no ICET Itacoatiara. Parabéns pelo texto.

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  3. Trabalho na Escola que carrega o seu nome em Parintins AM

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