Há algum tempo, venho coletando dados
sobre acontecimentos e fatos que respeitam ao Amazonas. Enquanto não efetuo uma
publicação formal, vou divulgando-os neste espaço.
13
de abril
Catedral de Manaus |
(1855) – Criada a Comarca Eclesiástica do Alto Amazonas, com
vínculo ao bispado do Pará e dividida em seis distritos, que serviam de apoio às
eleições. No ano seguinte, era dirigida pelo cônego Joaquim Gonçalves de
Azevedo, e o primeiro distrito, pelo padre João Antonio da Silva, também
vigário da freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Barra.
(1961) – Falece no
Rio de Janeiro o compositor e violinista Elpídio Pereira, que ensinou música, e
se apresentou em concerto na Manaus do início do século XX.
(Márcio Páscoa, in https://literaturarogelsamuel.blogspot.com/
Chegado a Manaus em maio de 1902 fez vários concertos com obras
suas, com orquestra e grupo de câmara, tendo tomado parte o maestro Joaquim
Franco, os violinistas Lourival Muniz, Gentil Bittencourt, Armando Lameira, o
violoncelista Cesare Vesce e muitos outros, quase todos ligados à Academia
Amazonense de Belas Artes.
Elpidio Pereira |
Elpídio Pereira partiu então para uma turnê a capitais de outros
estados brasileiros, dentre eles Rio de Janeiro e São Paulo, divulgando as
obras que compusera no gozo da bolsa de estudos que o Amazonas lhe
proporcionara. Em 1906, no início da gestão de Antonio Constantino Nery e com a
perspectiva de receber novo estipêndio para retornar a seus estudos na França,
Elpídio Pereira retornou ao Amazonas e permaneceu mais 2 anos em Manaus.
Além de habituais concertos, inclusive na condição de
organizador, redigiu as críticas operísticas para o jornal “A Platéa”, que com
seus 14 números cobriu a temporada lírica de 1907. Utilizava o pseudônimo de
Elpis, visto que chegou a se apresentar na Catedral em um concerto com os
membros da Companhia Lírica Francesa deste ano, trazida por Joaquim Franco.
Ainda em 1907, no mês de maio, duas bandas militares e um coro
infantil de mil vozes executaram o Hino Escolar do Amazonas, composto pelo
maranhense.
Entretanto, mudanças no mando do governo estadual apagaram de
vez as expectativas de Elpídio Pereira em receber nova subvenção do Amazonas.
Ele ainda permaneceu em Manaus até abril de 1908, retirando-se depois para o
Rio de Janeiro. Na capital carioca conseguiu uma bolsa do governo federal e
retornou à França em 1913. Em 1921 obteve a nomeação de auxiliar do Consulado
do Brasil, em Paris, de onde se aposentou em 1940, retornando definitivamente
ao Rio de Janeiro, onde faleceu em 13 de abril de 1961.
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