CATANDO PAPÉIS & CONTANDO HISTÓRIAS

segunda-feira, abril 13, 2020

EFEMÉRIDES AMAZONENSES

Há algum tempo, venho coletando dados sobre acontecimentos e fatos que respeitam ao Amazonas. Enquanto não efetuo uma publicação formal, vou divulgando-os neste espaço.

13 de abril


Catedral de Manaus
(1855) – Criada a Comarca Eclesiástica do Alto Amazonas, com vínculo ao bispado do Pará e dividida em seis distritos, que serviam de apoio às eleições. No ano seguinte, era dirigida pelo cônego Joaquim Gonçalves de Azevedo, e o primeiro distrito, pelo padre João Antonio da Silva, também vigário da freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Barra.

(1961) – Falece no Rio de Janeiro o compositor e violinista Elpídio Pereira, que ensinou música, e se apresentou em concerto na Manaus do início do século XX.

Chegado a Manaus em maio de 1902 fez vários concertos com obras suas, com orquestra e grupo de câmara, tendo tomado parte o maestro Joaquim Franco, os violinistas Lourival Muniz, Gentil Bittencourt, Armando Lameira, o violoncelista Cesare Vesce e muitos outros, quase todos ligados à Academia Amazonense de Belas Artes.
Elpidio Pereira
Elpídio Pereira partiu então para uma turnê a capitais de outros estados brasileiros, dentre eles Rio de Janeiro e São Paulo, divulgando as obras que compusera no gozo da bolsa de estudos que o Amazonas lhe proporcionara. Em 1906, no início da gestão de Antonio Constantino Nery e com a perspectiva de receber novo estipêndio para retornar a seus estudos na França, Elpídio Pereira retornou ao Amazonas e permaneceu mais 2 anos em Manaus.
Além de habituais concertos, inclusive na condição de organizador, redigiu as críticas operísticas para o jornal “A Platéa”, que com seus 14 números cobriu a temporada lírica de 1907. Utilizava o pseudônimo de Elpis, visto que chegou a se apresentar na Catedral em um concerto com os membros da Companhia Lírica Francesa deste ano, trazida por Joaquim Franco.
Ainda em 1907, no mês de maio, duas bandas militares e um coro infantil de mil vozes executaram o Hino Escolar do Amazonas, composto pelo maranhense.

Entretanto, mudanças no mando do governo estadual apagaram de vez as expectativas de Elpídio Pereira em receber nova subvenção do Amazonas. Ele ainda permaneceu em Manaus até abril de 1908, retirando-se depois para o Rio de Janeiro. Na capital carioca conseguiu uma bolsa do governo federal e retornou à França em 1913. Em 1921 obteve a nomeação de auxiliar do Consulado do Brasil, em Paris, de onde se aposentou em 1940, retornando definitivamente ao Rio de Janeiro, onde faleceu em 13 de abril de 1961.

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