O primeiro governador do
Amazonas quando do Governo Militar foi Arthur Reis (1964-67). Assumiu o Poder
em julho daquele ano, em substituição a Plínio Ramos Coelho, que deixava seu
segundo mandato de governador. A Força Estadual era um descalabro, repleta de embaraços,
desde material até pessoal, sem contar a baixa remuneração e a baixa
escolaridade de seus integrantes. O quartel de construção centenária reclamava consertos.
Quartel do comando-geral da PMAM, em Petrópolis, inaugurado em 1970 |
O comandante da PMAM era o tenente-coronel
(interino) Moutinho Junior, que assumiu depois que o comandante efetivo, 1.º tenente
PM Alfredo Barbosa Filho, “desertou” da corporação. A seguir, o governador recebeu
para o comando da PMAM o tenente-coronel EB Nardi de Souza (cujo filho, general
Nardi, comandou o CMA).
Arthur Reis, respeitado
historiador, em particular sobre a Amazônia, conhecia as trajetórias percorridas
pela PMAM. Com esse perfil, no ano seguinte, no aniversário desta entidade, então
festejado em 3 de maio (1876), baixou o decreto 188/65 – “denomina de Batalhão
Amazonas o atual batalhão da Polícia Militar”.
Explico: a PM era força
auxiliar do Exército, estruturada como um batalhão da Força de Terra. Desse
modo, o batalhão policial tomou a denominação de “Amazonas”. Quando em 2 de
setembro de 1970, foi criado o 2º Batalhão (decreto 1854/70) com a denominação de
Candido Mariano (atualmente hospedado em Itacoatiara), o 1º BPM, em vias de ser
instalado em Petrópolis, manteve aquela denominação.
Repetindo: na “antiga” data
do aniversário da PMAM, o governador prestigiou a solenidade, na qual declarou
aos policiais sobre a construção de novo quartel. Mais: já cuidava do projeto o
arquiteto Severiano Porto. A promessa foi divulgada pelo Diário da Tarde
(3 maio 1965) e efetivamente cumprida em 1970, pelo governador Danilo Areosa.
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