Abraço o Macedo nesta data por suas oito décadas de existência.
Macedo, na festa de hoje |
Hoje reformado do Exército, ele desfruta sua
aposentadoria com entusiasmo, apesar de ter perdido a esposa – Jandira Macedo –
paixão da vida e baluarte de seu progresso. Cuidam dele os filhos. E que
herança ele dispõe: as filhas Suely, Juraci e Marisete, aqui em Manaus, a Soraia,
na capital francesa, e Macedo filho, na capital carioca. Com a presença de
netos e bisnetos, impôs-se o título de ‘imperador da Macedônia”.
Sua formação militar ainda impregna
sua atividade. E ele possui motivos abrangentes para não olvidar do trânsito
pela Força, pois, ingressando como soldado, ora desfruta a reserva como oficial
superior.
Especializado na arte do
desenho, da pintura e da escultura, deixou por onde passou sua marca indelével.
Há no quartel do antigo 27 BC – hoje 1º BIS, um quadro da Santa Ceia observando o refeitório do quartel.
Também concebeu quadros de figuras
lendárias do Exército, que podem ser encontrados em quarteis do país; seja onde
Macedo serviu, como nos Colégio Militar de Manaus e Fortaleza, seja por encomenda
de superiores e admiradores, como na AMAN. Há mais que comentar de sua arte, ou
poderia eu fazer, se ele não tivesse aposentado os pinceis e a paleta.
Sua profissão permitiu que
conhecesse o país, pois esteve servindo em várias capitais, e recolhido conhecimentos
transmitidos pelos cursos e o contato com os camaradas. Todavia, uma passagem
extraordinária precisa ser relembrada para entender ainda mais sua brasilidade.
Aconteceu quando este foi transferido da guarnição do Rio de Janeiro para a de
Manaus, no ano de 1978. Tomou a iniciativa de efetuar esta mudança guiando o próprio
automóvel. E que auto, uma Variant,
já com muitos e muitos quilômetros rodados.
Ilustração produzida pelo autor do livro Da selva de pedra... |
A partir de Cuiabá (MT)
dispensou os filhos, e com a “Verinha” (forma carinhosa como tratava a esposa)
enfrentou a selva por uma rodovia aos pandarecos. Da aventura, Macedo produziu
um livro: Da selva de pedras à selva amazônica
(2008), no qual participei escrevendo o prefácio. Acolá encontra-se o registro
de sua devoção às instituições pátrias.
Enfim, mantem-se vivaz, a
despeito de advertências e broncas filiais, sorvendo quando possível uma
cerveja. Sem distinção de categoria. Daí eu ter lembrado de poema de Farias de
Carvalho, escrito em 1955, saudando a cerveja. “Loira, como as auroras e os trigais,
/ pura, como o romance que há nos ninhos; / és a chave de todos os caminhos, / princesa
dos pecados noturnais.”
Vida
longa ao imperador da macedônia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário