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Guilherme Aluizio |
No domingo, dia 2, estive
reverenciando a um amigo oitentão. De regresso à residência, soube da morte de Joaquim
Marinho. Estive no dia imediato no sepultamento do corpo, quando já havia
conhecido da morte de Guilherme Aluízio, presidente do Jornal do Commercio. Conheci a ambos, com
mais contato com o Marinho, devido a filatelia, aos cinemas e, por fim, à radiofonia.
Ao presidente, apenas prestei-lhe alguns serviços de pesquisa e compartilhei agradáveis
conversas em sua sala, que tanto admirava, na direção do matutino. Despedi-me
dele no salão do Centro Cultural Palácio Rio Negro.
Compartilho o Editorial do JC,
circulado em 4 de junho.
O Amazonas
ficou sem nenhuma dúvida mais pobre com a partida, neste início de junho, de
dois ícones de uma geração: Guilherme Aluízio de Oliveira Silva e Joaquim dos
Santos Marinho tinham em comum o fato de terem sido empresários de sucesso e
comunicadores por vocação.Ambos sempre
demonstraram compromisso com a história do Amazonas e de Manaus.Coube a
Silva a missão, cumprida até o último dia de vida, de manter vivo este centenário
Jornal do Commercio e a própria memória do Estado, reproduzindo em suas
páginas períodos marcantes do jornalismo local.Marinho e
seus cinemas fizeram muito sucesso na década de 80 e início dos anos 90. Depois
disso, o empresário deu lugar ao comunicador, sempre antenado com a
modernidade, sem esquecer as tradições.
Eram ambos
cidadãos portugueses, Marinho de nascimento, Silva por adoção.Viveram intensamente
a história do Amazonas nas últimas oito décadas. Viram passar pelas cadeiras inúmeros
governadores e prefeitos, alguns eleitos, outros nomeados, e conviveram com
todos sem distinção.Não por
acaso a partida dos dois foi tão comentada e tão lamentada. Pertenciam a urna
geração da Manaus sem pressa, sem as tecnologias modernas, que impõem um ritmo
frenético.
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Joaquim Marinho |
Foram
visionários, cada um na sua área, no seu tempo. Marinho mais ligado à cultura,
Silva focado no empreendedorismo. Eram vozes ouvidas e respeitadas, muitas
vezes seguidas.
Marinho mais
expansivo, voz grave e sempre em alto volume, veia cômica mordaz, sempre a
bordo de roupas joviais. Silva de fala mansa e polida, sempre elegantemente
vestido, de preferência em passeio completo.
Complementavam-se.
Marcaram gerações, que nestes últimos dois dias se manifestaram saudosas,
agradecidas e reverentes.
Um Salve a
estes dois grandes ícones da nossa história!
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